Doença de Alzheimer. Esta desordem cerebral, estimada afetar 30 por cento de todos aqueles com idade superior a 85, corrói sistematicamente as suas memórias e habilidades de raciocínio – por isso não é nenhuma surpresa que muitos querem evitá-la. E as melhores pistas sobre como prevenir essa doença, e proteger o cérebro de outras relacionadas à demência, estão vindo de um estudo de referência que este ano celebra o seu 30º aniversário.
Os participantes
Estima-se que a demência – os que sofrem de Alzheimer compõem 70 por cento – custa ao sistema de saúde australiano quase US$ 5 bilhões por ano. Então, o que fazer para identificar os fatores de risco? Fácil: Encontra-se um grande número de pessoas, determina-se quais delas têm ou não a doença, em seguida, analisa-se o que os dois grupos fizeram de forma diferente.
Exceto para os resultados mais precisos, todas essas pessoas precisam ter vivido exatamente o mesmo estilo de vida, a mesma dieta, o mesmo número de parceiros sexuais, e aproximadamente a mesma quantidade de sono … por décadas. Como se vê, não é tão fácil – a menos que você tenha acesso a centenas e centenas de freiras.
E isso é exatamente o que o Dr. David Snowdon, professor de neurologia na Universidade de Kentucky, pontuou quando visitou as School Sisters of Notre Dame, em 1986, no que mais tarde ficou conhecido como “o estudo das freiras”. Ele contou com a ajuda de 678 freiras católicas, que lhe deram todos os seus registros médicos e concordaram em doar seus cérebros após a morte para um estudo mais aprofundado.
O que fez este grupo de participantes do estudo tão especial foi a semelhança particular com a qual todas tinham levado suas vidas – nenhuma delas fumava, nenhuma bebeu excessivamente, nenhuma teve parceiros e todas tiveram uma rotina significativa. No mundo da ciência, para se ter tantos participantes com aproximadamente as mesmas variáveis de controle é uma verdadeira dádiva de Deus, e quase impossível de replicar.
Os resultados
O estudo das freiras ainda está em curso, mas o que Snowdon e sua equipe descobriram até agora é notável. O mais intrigante, as autópsias dos cérebros das freiras mostraram que todas possuíam os sinais físicos da doença de Alzheimer – ainda que em vida nenhum sintoma se apresentou, permanecendo mentalmente ágeis na velhice.
A conclusão principal parece ser que as pessoas que leem, escrevem e se estimulam intelectualmente ao longo de seus primeiros vinte anos terão uma melhor chance de, mais tarde na vida, afastar a demência.
As lições
Então, o que os cérebros das freiras podem ensinar a nós todos sobre como afastar a demência à medida que envelhecemos? Snowdon afirma que as lições aprendidas a partir de sua pesquisa são interessantes, mas certamente não são 100 por cento comprovadas. Embora as freiras se apresentaram como um grupo raro de participantes, não se pode fazer suposições baseadas em um único estudo.
Dito isso, ele acredita que o dano físico ao cérebro – seja através de acidente vascular cerebral ou concussão – é provável que acelere o ritmo a que a doença de Alzheimer se desenvolve. Comportamentos que podem causar um AVC (acidente vascular cerebral), como a falta de exercício físico, tabagismo e má alimentação, podem também desempenhar um papel de risco. Snowdon também descobriu que, durante exames cerebrais, as freiras que tinham altos níveis de folato eram menos propensas a ter as cicatrizes físicas da doença de Alzheimer em seus cérebros. O folato (por vezes referido como ácido fólico) é uma vitamina do grupo B encontrada concentrada em vegetais verde-escuros, como espinafre e brócolis.
Quando você consome alimentos ricos em ácido fólico, o seu corpo torna-se mais eficiente na produção de fitas de DNA, que ajudam a proteger o cérebro, sistema nervoso central e até mesmo sua saúde emocional. Geralmente, médicos recomendam às gestantes o consumo de níveis adequados de folato, uma vez que está provado que ele reduz o risco de defeitos do tubo neural em bebês.
Por último, mas não menos importante, a lição mais surpreendente do estudo das freiras em curso é que as irmãs que usaram seus cérebros várias vezes por dia para ler, escrever, pensar e analisar – eram menos prováveis (embora não garantido) a sucumbir à doença de Alzheimer.
Ao todo, graças às extremamente generosas irmãs de Notre Dame, parece que estamos começando a desbastar as bordas do que pode causar os distúrbios relacionados com a demência, como a doença de Alzheimer. E quanto mais nos aproximamos, o conselho se aproxima mais do senso comum. Para uma melhor chance, se alimente bem, se exercite, use seu cérebro e tente evitar danificá-lo.
Fonte: http://coach.ninemsn.com.au/2016/05/17/11/12/the-nun-study-and-dementia
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