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Quando um óvulo humano é fertilizado, ele se infiltra em uma camada especializada de tecido que reveste o útero da mulher, chamada endométrio. Esse revestimento, rico em vasos sanguíneos, não só serve como solo fértil para o embrião em crescimento (e mais tarde o feto), mas também ajuda a nutrir a placenta, que fornece alimento e oxigênio. Na ausência da fecundação, uma pequena parte do endométrio é expelida a cada mês durante a menstruação.
Mas às vezes surgem problemas. Em vez de permanecer apenas no útero, um tecido semelhante ao endométrio pode começar a crescer em outras áreas do corpo. Na maioria das vezes, cresce em estruturas e órgãos da pelve, como ovários, trompas de falópio, bexiga ou intestinos. Nesse caso, tornando-se a condição comum e dolorosa chamada endometriose.
A endometriose é uma condição complexa e muitas vezes confusa que pode ser difícil de diagnosticar. Os seus sintomas geralmente imitam outros distúrbios, incluindo a doença inflamatória pélvica ou a síndrome do intestino irritável. Adicionalmente, as mulheres com endometriose são mais propensas do que outras mulheres a ter algumas dessas condições. Embora o sintoma mais comum seja a dor especialmente durante a menstruação, a endometriose também pode causar sangramento anormal, sexo doloroso e problemas intestinais e urinários.
Às vezes, a endometriose atua de maneira silenciosa, ou seja, algumas mulheres não sentem dor ou outros sintomas, e só descobrem a condição frente à dificuldade para engravidar. Essa condição é a principal causa de infertilidade nos Estados Unidos, e que aumenta o risco de aborto espontâneo e outros problemas na gravidez. No entanto, a grande maioria das mulheres com endometriose consegue ter um filho.
Estima-se que a endometriose afete cerca de uma em cada 10 mulheres americanas em idade reprodutiva. Mas esse número pode ser muito maior porque os especialistas acreditam que a condição é subdiagnosticada. Às vezes, os sintomas começam logo após a puberdade, quando as adolescentes sentem dor durante a menstruação, e podem continuar até bem depois da menopausa.
A endometriose pode afetar muito a qualidade de vida e a produtividade de uma mulher. Estima-se que custe US $87 bilhões por ano em cuidados de saúde e custos relacionados ao trabalho, de acordo com a Endometriosis Foundation of America. Um estudo de 2011 publicado na Fertility and Sterility descobriu que os sintomas fazem com que as mulheres tenham uma produtividade cerca de 38% menor no trabalho do que as mulheres sem a condição. As participantes do estudo também relataram reduções na qualidade de vida e disseram que a condição prejudicava suas capacidades de realizar tarefas e atividades diárias em casa.
Muitas mulheres sofrem mais do que o necessário por causa da demora no diagnóstico. Um estudo de 2011 da World Endometriosis Research Foundation descobriu um atraso médio de sete anos entre os primeiros sintomas e o momento do diagnóstico entre as mulheres de 18 a 45 anos. A maioria dos casos é diagnosticada quando as mulheres estão na faixa dos 30 ou 40 anos.
Em alguns casos, o diagnóstico é retardado porque adolescentes e adultas assumem que seus sintomas fazem parte (normal) da menstruação. Às vezes, quando procuram ajuda, recebem o diagnóstico de uma reação exagerada aos sintomas menstruais normais.
Embora não haja cura conhecida para a endometriose até à data, mudanças no estilo de vida, medicamentos e cirurgia podem ajudar no alívio e no controle da condição.
Neste relatório, examinamos o que se sabe sobre a endometriose, os sintomas e algumas das possíveis causas. Também discutimos outras condições de saúde que comumente afetam mulheres com endometriose. Por fim, explicamos as opções de tratamento e descrevemos as etapas que os médicos podem seguir para ajudar a preservar a fertilidade das suas pacientes.
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