Apesar de serem comumente associadas com a chegada do inverno, devido às condições climáticas características da estação, as doenças respiratórias podem surgir a partir de uma série de fatores que afetam o sistema respiratório.
Por aqui, vamos te explicar qual a diferença entre doenças respiratórias agudas e crônicas, quais são as mais comuns, o que pode favorecer episódios de crises, além de trazer dicas importantes que ajudam no manejo dessas condições. Acompanhe!
O que são doenças respiratórias e como se classificam?
As doenças respiratórias são infecções que afetam o sistema respiratório e obstruem a passagem do ar. Elas podem atingir as vias aéreas superiores (nariz, laringe e faringe) e as vias aéreas inferiores (traqueia, brônquios e pulmão).
Essas doenças podem ser causadas por vírus, alergias e fatores genéticos e ambientais, e são classificadas em agudas (de curta duração) ou crônicas (de longa duração).
Aguda
As doenças respiratórias agudas são caracterizadas por um início repentino e por um tempo de duração e tratamento mais curto. Elas acontecem pontualmente por um período de dias ou semanas.
São comumente causadas por infecções virais ou bacterianas, alergias ou exposição a fatores desencadeantes. Em alguns casos, dependendo do estado de saúde da pessoa e da efetividade do tratamento, as condições agudas podem se tornar crônicas.
Crônica
Já as doenças respiratórias crônicas são aquelas de longa duração e que aparecem frequentemente, geralmente necessitando de um tratamento contínuo. Elas podem surgir diversas vezes em um único ano, pois são caracterizadas como condições permanentes.
Com frequência, são causadas por fatores genéticos, exposição prolongada a poluentes ambientais, infecções recorrentes e outras condições de saúde subjacentes. O tratamento pode incluir medicamentos de uso contínuo, mudanças no estilo de vida, terapia respiratória e, em alguns casos, cirurgias.
Quais as principais doenças respiratórias e seus sintomas?
Gripe
A gripe é uma infecção aguda, altamente transmissível, que afeta o sistema respiratório e é provocada pelo vírus da influenza. Os principais sintomas são:
- Tosse;
- Coriza;
- Febre;
- Dor de garganta;
- Dor no corpo.
Covid-19
Popularmente conhecida no mundo inteiro nos últimos anos, a covid-19 é uma infecção respiratória aguda causada pelo vírus SARS-CoV-2, de alta transmissão e potencialmente grave. Ela afeta, inicialmente, as vias aéreas superiores, mas também pode trazer complicações para os pulmões e outras regiões do corpo. Os sintomas mais comuns são:
- Febre;
- Calafrios;
- Tosse;
- Dor de garganta;
- Dor no corpo;
- Dor de cabeça;
- Congestão nasal;
- Perda de olfato e/ou paladar.
Rinite
A rinite é uma inflamação das mucosas do nariz que pode ter causas alérgicas ou não. A rinite não alérgica pode ser provocada por infecções ocasionadas por vírus, bactérias ou fungos. Já a rinite alérgica ocorre quando o corpo reage exageradamente a alguns fatores desencadeantes, como pelos de animais, mofo, cheiros fortes e ácaros, por exemplo. Confira os principais sintomas:
- Nariz congestionado;
- Espirros constantes;
- Secreção nasal;
- Coceira nos olhos e nariz.
Sinusite
A sinusite é uma inflamação que acontece nos seios da face. Pode ser originada por alterações anatômicas que impedem a drenagem da secreção ou por processos infecciosos e alérgicos, que provocam a inflamação na região. É uma condição que, inicialmente, pode ser classificada como aguda e, dependendo da recorrência, pode se tornar crônica posteriormente. Os principais sintomas são:
- Dor nos seios da face;
- Tosse;
- Nariz congestionado;
- Febre;
- Dor no corpo.
Asma
A asma é uma condição crônica relacionada à inflamação das vias aéreas, causando estreitamento, inchaço e produção excessiva de muco nessa região, o que dificulta a respiração. Dentre os sintomas mais comuns, podemos citar:
- Tosse recorrente (com ou sem catarro);
- Chiado ou dor no peito;
- Falta de ar.
Bronquite
É a inflamação dos brônquios, órgãos do sistema respiratório que levam o ar até os pulmões. Pode ser classificada como aguda, quando causada por infecção respiratória viral, e também como crônica, após um episódio de tosse com muco durante, pelo menos, 3 meses, no período de dois anos consecutivos. Os principais sintomas são:
- Tosse persistente;
- Falta de ar;
- Fadiga;
- Desconforto no peito.
Pneumonia
É uma infecção que ocorre nos pulmões. A pneumonia pode ser causada por reações alérgicas ou por agentes infecciosos (bactérias, vírus e fungos) que atingem os alvéolos, estruturas que fazem parte do sistema respiratório. Esse local deve estar sempre limpo para permitir o contato do ar com o sangue.
Ao contrário do vírus da gripe, a pneumonia não é facilmente transmitida de uma pessoa para outra. Veja os sintomas mais comuns:
- Tosse;
- Febre;
- Dor no tórax;
- Falta de ar;
- Sensação de fraqueza;
- Secreção de muco.
Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC)
Doença crônica que obstrui as vias aéreas, impedindo o fluxo de ar e dificultando a respiração. Pode trazer danos irreversíveis ao pulmão e está fortemente ligada ao tabagismo. Conheça os sintomas:
- Tosse crônica com secreção (podendo ter piora especialmente pela manhã);
- Falta de ar ao fazer esforço físico;
- Chiado no peito;
- Aperto no peito;
- Fadiga.
O que pode desencadear as crises respiratórias?
As crises respiratórias, sejam elas decorrentes de doenças agudas ou crônicas, podem ser desencadeadas por uma série de fatores. Veja quais são eles:
- Vírus, fungos ou bactérias;
- Condições climáticas (ar frio e seco ou mudanças bruscas de temperatura);
- Poeira;
- Mofo;
- Poluição do ar;
- Produtos químicos;
- Perfumes e fragrâncias;
- Pelos de animais.
Atitudes que ajudam no manejo das doenças respiratórias
São diferentes fatores que podem contribuir para o surgimento de doenças respiratórias e, é claro, nem todos podem ser totalmente controlados.
No entanto, existem algumas atitudes que podem nos ajudar a impedir a exposição a alguns deles, além de medidas e nutrientes que auxiliam na prevenção da incidência. Veja:
Aderir ao tratamento adequado
É comum que as pessoas acabem se automedicando quando diante de uma condição de saúde que já conhecem ou que apresenta sintomas comuns, como a gripe, por exemplo. Assim como também acontece de, muitas vezes, pausar o tratamento antes do fim estabelecido pelo médico por perceberem por conta própria a melhora dos sintomas.
Aqui, é importante destacar que seguir o tratamento adequado e regular, orientado pelo médico que lhe acompanha, é essencial para conseguir conter as doenças respiratórias.
Um tratamento incompleto ou inadequado pode dificultar a melhora efetiva ou até mesmo contribuir para a recorrência dos sintomas, principalmente em épocas que essas condições aparecem com mais frequência, como no inverno. Por isso, diante de qualquer sintoma, é primordial procurar atendimento e seguir as orientações adequadamente.
Evitar fatores desencadeantes
Como você viu, diversas condições do ambiente em que vivemos, do clima e da nossa saúde podem ser consideradas fatores que desencadeiam as crises respiratórias.
Nesse sentido, o primeiro passo é identificar quais desses aspectos são mais nocivos para você e, posteriormente, tentar evitar, sempre que possível, a exposição a eles.
Além disso, algumas medidas simples podem ser fundamentais para evitar o surgimento de doenças, veja quais são:
Atualize a sua caderneta de vacinação
A vacinação é fundamental para o manejo das doenças respiratórias virais. É uma medida de prevenção de infecções graves como a gripe, a Covid-19 e a pneumonia que ajuda a reduzir a incidência e a gravidade dessas doenças.
Além de diminuir o risco de complicações severas, como hospitalizações e o risco de morte, a vacinação em massa contribui para a “imunidade de rebanho”, protegendo aqueles que não podem ser vacinados.
Especialmente importante para os grupos prioritários, como idosos, crianças e pessoas com condições crônicas, por exemplo, as vacinas são essenciais para proteger a saúde pública como um todo.
Mantenha o ambiente limpo e arejado
A poeira e o mofo são fatores desencadeantes que podem irritar as vias aéreas superiores e dar início a uma série de sintomas como tosses e espirros. Além disso, um ambiente fechado é um prato cheio para a proliferação de vírus e bactérias.
Por isso, manter sempre o ambiente em que você convive arejado e limpo, seja sua casa ou até mesmo o seu local de trabalho, é fundamental para evitar o aparecimento dos sintomas.
Tenha higiene respiratória
A higiene respiratória diz respeito a uma série de medidas que ajudam a evitar o contágio por vírus e bactérias. Veja quais são:
- Evitar o contato físico com pessoas doentes;
- Utilizar máscara de proteção quando estiver com sintomas gripais;
- Lavar bem as mãos antes de tocar a região dos olhos, da boca e do nariz;
- Ao tossir ou espirrar, cobrir o nariz e a boca com um lenço descartável ou com o antebraço.
Priorizar um estilo de vida saudável
O nosso organismo precisa estar forte para enfrentar as diversas condições que podem surgir diariamente.
Assim, é importante priorizar uma alimentação equilibrada e saudável, com alimentos nutritivos para o nosso organismo. É fundamental lembrar, também, da ingestão adequada de água. Uma hidratação eficiente é essencial para ajudar na recuperação de infecções virais.
Além disso, a prática de atividades físicas pode ser valiosa para o sistema imune. Mas antes de começar, é imprescindível buscar orientação de um profissional de saúde da sua confiança para avaliar qual o exercício mais indicado para você.
Contar com a ajuda de nutrientes aliados da imunidade
Alguns nutrientes têm um papel importante no fortalecimento do nosso sistema imunológico, ajudando o organismo a nos proteger contra vírus, bactérias e outros fatores que podem dar início às crises respiratórias.
- Como aumentar a imunidade: dicas de alimentação e estilo de vida.
Podemos obtê-los por meio de uma alimentação saudável ou contar com a suplementação, quando recomendado por um médico ou nutricionista.
Veja os principais nutrientes que podem contribuir para o fortalecimento da imunidade:
Própolis
O própolis vem de substâncias resinosas vegetais, como o pólen, a cera e as secreções salivares de abelhas, e possui diferentes propriedades que trazem muitos benefícios para a saúde. Dentre eles, podemos citar sua atuação no sistema imunológico.
Esse nutriente está relacionado com o aumento da resposta imune e a produção de anticorpos, o combate à microrganismos, a redução da liberação de histaminas, entre outras funções que prometem ser promissoras no combate às diversas condições de saúde, incluindo as infecções respiratórias.
- Saiba mais sobre o própolis e conheça suas diferentes funções.
Vitamina C
A vitamina C ajuda na imunidade de várias maneiras, incluindo a movimentação de leucócitos para locais de infecção, a eliminação de bactérias e a produção de anticorpos, por exemplo.
As evidências destacam que a suplementação de vitamina C pode reduzir o risco de pneumonia, diminuir a gravidade da doença e até mesmo a mortalidade em alguns casos. Além disso, também contribui para a redução da incidência, duração e gravidade de outros resfriados comuns, especialmente em pessoas sob estresse físico.
Vitamina D3
A famosa vitamina que “vem do sol” possui amplas ações no organismo. Uma delas está relacionada com o fortalecimento do sistema imunológico, o que ajuda no manejo de diversas condições de saúde.
Com relação às doenças respiratórias, um estudo de intervenção randomizado identificou que a suplementação com vitamina D3, em pacientes com frequentes infecções do trato respiratório, pode reduzir a incidência da doença, além de diminuir a chance do uso de antibióticos em 63%.
- Saiba mais sobre a vitamina D3 e suas principais funções para a saúde.
Além desses nutrientes destacados, muitos outros ativos podem ser aliados do nosso bem-estar, contribuindo para um organismo saudável. Continue por aqui e conheça os principais ativos naturais que favorecem o sistema imunológico.