Estudo sugere que Ômega-3 pode reduzir a severidade do AVC
De acordo com um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Laval, uma dieta rica em ômega 3 reduz a gravidade de sequelas após um acidente vascular cerebral (AVC).
A pesquisa, co-orientada pelos professores Jasna Kriz e Frédéric Calon, mostrou que a extensão dos danos cerebrais após um AVC foi reduzida em 25% em camundongos que consumiram ômega-3 (DHA) diariamente.
Os pesquisadores observaram que os efeitos de um AVC foram menos graves em ratos alimentados com uma dieta rica em DHA por três meses do que em ratos alimentados com dieta controlada. Em camundongos do grupo que consumiu DHA, houve redução nas concentrações das moléculas que estimulam a inflamação do tecido e, inversamente, uma quantidade maior de moléculas que impedem a morte celular.
“Esta é a primeira demonstração convincente do poder anti-inflamatório de DHA no cérebro”, destacou Frédéric Calon da Faculdade de Farmácia da Universidade de Laval. Este efeito protetor resultou da substituição das moléculas na membrana neuronal: DHA substituiu parcialmente o ácido araquidônico, um ácido graxo ômega-6 conhecido por suas propriedades inflamatórias.
“O consumo de ômega-3 cria um ambiente anti-inflamatório e neuroprotetor no cérebro que atenua os danos de um AVC”, resumiu Jasna Kriz, da Faculdade de Medicina da Universidade de Laval. “Isso evita que uma resposta inflamatória aguda não controlada seja prejudicial ao tecido cerebral.”
O professor Calon acredita que o efeito anti-inflamatório aplica-se aos seres humanos. “Uma vez que o DHA é acessível, barato e reduz os riscos de uma série de problemas de saúde sem causar efeitos colaterais significativos, a relação risco-benefício tende a favorecer o consumo regular de peixe ou de suplemento de DHA”, concluiu.
Além de Kriz e Calon, o estudo teve a co-autoria de Mélanie Lalancette-Hébert, Cordeau Pierre, Julien Carl, Bohacek Ivan e Yuan-Cheng Weng. Os autores são todos membros do Centro de Pesquisa CHUQ.
Fonte: ScienceDaily
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