Vários estudos têm indicado que o resveratrol pode ser benéfico para a saúde por possuir propriedades antioxidativas, anticancerígenas ou antitumorais. O nome científico completo é ‘trans-3,5,4-trihidroxiestilbeno’ e muito encontrado nas raízes, sementes e caules de plantas da videira, mas torna-se particularmente concentrado na casca das uvas, possivelmente como uma defesa contra o ataque de fungos. Em se tratando de vinhos, é no vinho tinto onde esse composto fenólico se faz mais presente por causa do ato de esmagar a uva e sua fermentação com a presença da casca. Outros alimentos que possuem resveratrol incluem o amendoim, cacau e mirtilo.
Um novo estudo1 publicado no Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism descobriu que o resveratrol pode melhorar a densidade óssea da coluna vertebral em homens com síndrome metabólica – um conjunto de fatores de risco associados com o risco elevado da doença cardiovascular e diabetes – e pode se tornar potencial no tratamento da osteoporose. A autora principal Marie Juul Ørnstrup, MD, da Aarhus University Hospital na Dinamarca, anunciou: “Nossa descoberta sugere que o composto estimula a formação de células ósseas dentro do corpo”.
Outro recente estudo2 publicado no jornal Nature, nos traz a explicação que faltava de como esse antioxidante protege o DNA. O estudo, de autoria de Paul Schimmel e Mathew Sajish, do The Scripps Research Institute, descobriu que o resveratrol desencadeia uma resposta ao estresse, visando uma família de enzimas chamadas tRNA sintetases que, entre outras coisas, promovem a síntese de proteínas. As enzimas ligam os códigos genéticos no RNA para os aminoácidos correspondentes. Um membro dessa família de enzimas, o TyrRS, realiza esse trabalho de ligação para tirosina. Um trabalho recente3 liderado pela professora do TSRI, Xiang-Lei Yang, descobriu que essa enzima também protege o DNA durante o estresse movendo-se para o núcleo da célula.
Schimmel e Sajish encontraram uma forte semelhança molecular entre o resveratrol e a tirosina, cabendo na ligação de TyrRS que a tirosina pode ocupar, e descobriram que o complexo de resveratrol/TyrRS migrou para o núcleo. Lá, encontraram o complexo ligado a uma proteína chamada PARP-1 já conhecida por estar envolvida na resposta ao estresse, incluindo o reparo do DNA. Essa via pode ser ativada por comparativamente baixas doses de resveratrol, Sajish afirmou em um comunicado de imprensa sobre o estudo.4
Traduzido por Essentia Pharma
Autora: Raquel RitaFontes:
2- http://www.nature.com/nature/journal/vaop/ncurrent/full/nature14028.html
3- http://www.scripps.edu/news/press/2014/20141002yang.html
4- http://www.utsandiego.com/news/2014/dec/22/resveratrol-stress-tsri-schimmel/2/?#article-copy
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