Alberta Pregnancy Outcomes and Nutrition (APrON) é um coorte de nascimentos envolvendo mais de duas mil mulheres e seus bebês a partir de Calgary e Edmonton, que foi financiado pela Alberta Innovates Health Solutions e inclui pesquisadores da Universidade de Alberta e da Universidade de Calgary. O principal objetivo do APrON é compreender a relação entre o estado nutricional materno durante a gravidez, a saúde mental materna e o desenvolvimento da criança. Como parte do projeto, a equipe estudou as primeiras 600 mulheres da pesquisa de coorte durante e após a gravidez para ver se elas estavam consumindo suficientes ácidos graxos ômega-3 poli-insaturados de cadeia longa (ômega-3 AGPCL) para atender às recomendações atuais. A equipe acaba de publicar seus resultados na revista Applied Physiology, Nutrition e Metabolism.
O ômega-3 AGPCL inclui o ácido eicosapentaenoico (EPA), ácido docosapentaenoico (DPA) e docosaexaenoico (DHA). Uma fonte destes é necessária durante a gravidez para o desenvolvimento fetal e placentário e é vital para o desenvolvimento do lactente, em particular para o desenvolvimento do cérebro.
A American Dietetic Association, juntamente com Dietitians of Canadá recomendam que todos os adultos saudáveis, incluindo mulheres grávidas e lactantes consumam pelo menos 500 mg/dia de ômega-3. A Comissão Europeia e o International Society for the Study of Fatty Acids and Lipids (ISSFAL) recomendam especificamente que as mulheres grávidas e lactantes consumam um mínimo de 200 mg de DHA por dia.
As participantes do grupo APrON viviam em Edmonton e Calgary. A equipe descobriu que a maioria delas, apesar do alto nível de escolaridade e renda, não estavam cumprindo estas recomendações (ômega-3) durante a gravidez e lactação.
De acordo com o estudo: “Apenas 27% das mulheres durante a gravidez e 25% aos três meses pós-parto cumpriram com as recomendações da União Europeia (UE) em relação ao DHA”.
O estudo descobriu que as mulheres que tomaram um suplemento contendo DHA tiveram de 10,6 e 11,1 vezes mais chances de atender à atual recomendação da UE para a gravidez e pós-parto, respectivamente. As recomendações também poderiam ser atingidas, seguindo a recomendação de saúde do Canadá: 1 a 2 porções por semana de peixe com alta concentração de ácido graxo ômega-3.
Os resultados deste estudo também sugerem que o aconselhamento nutricional sobre os benefícios de uma fonte de suplemento de ômega-3 AGPCL deve se estender para além da gravidez, desde que 44% por cento das mulheres da coorte relataram ter parado de tomar o suplemento durante o aleitamento, três meses após o parto.
O estudo atual fornece informações úteis para os profissionais de saúde e para futuras intervenções (recomendações dietéticas ou suplementação) destinadas a ajudar às mulheres a obter ômega-3 AGPCL em sua dieta para garantir atender às necessidades de seus filhos.
Traduzido por Essentia Pharma
Fonte: http://www.sciencedaily.com/releases/2015/03/150325093524.htm
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