A utilização das propriedades medicinais da folha de oliveira (Olea europaea L.) remonta ao início dos anos de 1800, quando seus extratos foram utilizados para o tratamento da malária. No início de 1900, um princípio amargo de suas folhas foi identificado como “oleuropeoside” (mais tarde designado como oleuropeína), um glicosídeo iridoide polifenólico o qual relatórios credenciaram como um hipotensor (fármaco usado para redução da pressão arterial; hipo = pequeno/pouco + tensor = tensão). Há anos que estudos vêm confirmando esta característica, todavia executados em animais.
Recentemente, pesquisadores da Universidade de Granada, Espanha, conduziram um estudo preliminar clínico evidenciando o efeito hipotensor do extrato da folha de oliveira. O estudo foi realizado em indivíduos pré-hipertensos e hipertensos, utilizando-se um extrato (1600mg/dia) normalizado para 15% de oleuropeína, com um teor médio de 10% (m/m) de ácidos triterpênicos e 1% (m/m) de hidroxitirosol.
Foram avaliados a pressão arterial, o status antioxidante no sangue, perfil lipídico e sua capacidade antioxidante, bem como o tempo que o colesterol LDL levou para se oxidar, níveis de óxido nítrico no sangue, níveis de dialdeído malônico, glicose, transaminases e creatinina. Mesmo indivíduos com pressão sistólica mais alta apresentaram significante melhora.
Como conclusão, este estudo clínico preliminar relata, pela primeira vez, a influência positiva do extrato de folha de oliveira para a regulação da hipertensão, do tempo de atraso para o LDL sofrer oxidação e melhora do perfil lipídico no sangue.
Fonte: Cabrera-Vique C; Navarro-Alarcón M, et al. Hypotensive Effect Of An Extract Of Bioactive Compounds Of Olive Leaves: Preliminary Clinical Study. Nutr Hosp. 2015 Jul 1;32(1):242-9. doi:10.3305/nh.2015.32.1.8644.
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