Aproximadamente 300 milhões de indivíduos, quase o tamanho da população dos Estados Unidos, sofrem algum tipo de depressão em todo o mundo. A depressão é caracterizada por sentimentos de tristeza, desesperança, ansiedade, irritabilidade, alterações do apetite, mudanças no padrão do sono e, às vezes, pensamentos suicidas.
Embora a depressão possa ocorrer em qualquer momento da vida, a depressão anteparto (depressão durante a gravidez) é particularmente comum, ocorrendo em cerca de 14 a 23% das gestantes, de acordo com o Congresso Americano de Obstetras e Ginecologistas. Devido às principais alterações hormonais e corporais que ocorrem durante a gravidez, as mulheres são suscetíveis à depressão durante esse período, além de desfechos adversos tanto na mãe quanto no bebê, incluindo depressão pós-parto, baixo peso ao nascer e parto prematuro.
A vitamina D tem sido objeto de exploração em relação à depressão com pesquisas recentes sugerindo que ela pode ajudar a tratar os seus sintomas. Além disso, um estudo randomizado controlado recente descobriu que melhorar os níveis de vitamina D durante o estágio mais avançado da gravidez reduziu os sintomas depressivos em mulheres após o parto. No entanto, ainda não havia sido analisado este efeito ao longo dos nove meses da gestação. Portanto, um estudo recém publicado em Journal of Psychiatry Research explorou a relação entre os níveis de 25(OH)D (vitamina D ativa) e as pontuações depressivas em gestantes durante o primeiro, segundo e terceiro trimestres.
Os pesquisadores incluíram 179, 156 e 128 mulheres do Rio de Janeiro, Brasil, no primeiro, segundo e terceiro trimestres, respectivamente. O exame de sangue em jejum foi realizado durante cada trimestre para determinar o nível da vitamina D. A depressão também foi medida em cada trimestre pela Escala Depressiva Pós-Natal de Edimburgo (EPDS), com escores mais altos indicando uma depressão mais grave. Os pesquisadores ajustaram para potenciais variáveis de confusão, tais como estado civil, renda familiar per capita, tabagismo, consumo de álcool, cor da pele, atividade física antes da gravidez, gravidez planejada e estação do ano para o recrutamento do estudo.
O que os pesquisadores descobriram:
Os pesquisadores concluíram:
“As mulheres com maiores concentrações de 25(OH)D no início da gravidez foram associadas a menores probabilidades de sintomas depressivos durante a gravidez, após ajustes para fatores de confusão relevantes”.
E continuaram:
“Há um grande interesse em fatores de risco modificáveis para a prevenção ou tratamento da depressão. Melhorar o estado da vitamina D entre gestantes pode ser uma estratégia de bom custo-benefício”.
É importante notar que várias participantes do estudo tinham um histórico de depressão. Isso sugere a possibilidade de causalidade reversa, porque essas mulheres provavelmente se expunham menos ao sol, colocando-as em risco de deficiência de vitamina D. Apesar disso, o estudo apresentou vários pontos fortes. Primeiro, o desenho longitudinal permitiu que as variáveis fossem medidas ao longo do tempo, dando uma indicação mais precisa da associação entre a vitamina e a depressão. Também, várias variáveis de confusão foram ajustadas.
Este estudo forneceu uma visão mais aprofundada sobre a relação entre a vitamina D e a depressão. Os pesquisadores sugeriram que fossem feitos ensaios clínicos randomizados para determinar se existe uma relação causal entre o estado da vitamina D e a depressão durante a gravidez.
Traduzido por Essentia Pharma
Fonte:https://www.vitamindcouncil.org/higher-vitamin-d-status-during-early-pregnancy-may-reduce-depressive-symptoms-in-brazilian-women/
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