Como a maioria dos estudos que avaliam a função clínica do uso de ômega-3 são realizados com o ômega na forma EE, há uma questão que intriga os pesquisadores: qual forma o corpo melhor aproveita. Pensando nisso, cientistas alemães quiseram investigar a melhor forma do ômega-3 para sua devida absorção no organismo, e publicaram seus resultados na revista European Journal of Clinical Nutrition. Para a investigação comparativa, 150 voluntários foram distribuídos aleatoriamente para um dos três grupos: 1) ômega-3 sob a forma TG; 2) óleo de milho (placebo); e 3) ômega-3 sob a forma EE. As 4 cápsulas diárias de ômega-3 (2.016 mg) possuíam um total de EPA = 1.008 mg, e um total de DHA = 672 mg. Os níveis séricos de ômega-3 foram mensurados no tempo zero e após 3 e 6 meses.
Ao final do estudo foi possível verificar que houve aumento dos níveis de ômega-3 tanto para aqueles suplementados com ômega-3 sob a forma EE como para aqueles suplementados sob a forma TG. Porém, houve uma significativa diferença de absorção (26%) entre os grupos. Para aqueles que suplementaram com o EE houve um aumento de 171% nos níveis de ômega-3, contra 196% do grupo ômega-3 TG. Em conclusão, os pesquisadores ressaltam que os resultados indicam que a suplementação de ômega-3 sob a forma TG é superior à forma EE no longo prazo.
Autores: J Neubronner, JP Schuchardt, G Kressel, M Merkel, C von Schacky, e A Hahn – European Journal of Clinical Nutrition (2011) 65, 247–254
Atualmente, há um debate sobre se diferentes formas químicas do ácido eicosapentaenoico (EPA) e ácido docosahexaenoico (DHA) são absorvidas de maneira idêntica. O objetivo deste estudo foi investigar a resposta do índice de ômega-3, a porcentagem de EPA + DHA nas membranas de glóbulos vermelhos, em suplementação com duas formulações diferentes de ácidos graxos ômega-3 (n-3) em humanos.
O estudo foi conduzido como um ensaio duplo-cego controlado por placebo. Um total de 150 voluntários foi distribuído aleatoriamente para um dos três grupos: (1) concentrado de óleo de peixe com EPA+DHA (1.01g+0.67g) administrado como triacilglicerídeos resterificados (grupo rTAG); (2) óleo de milho (grupo placebo); ou (3) concentrado de óleo de peixe com EPA + DHA (1,01g + 0,67g)na forma de éster etílico (grupo EE). Os voluntários consumiram quatro cápsulas revestidas com gelatina diariamente, durante um período de seis meses. O índice de ômega-3 foi determinado na linha de base (t0), após três meses (t3), e no final do período de intervenção (t6).
O índice de ômega-3 aumentou significativamente em ambos os grupos tratados com n-3 desde a linha de base até t3 e t6(P<0.001). O índice de ômega-3 aumentou em maior parte no grupo rTAG do que no grupo EE [t3: 186 versus 161% (P<0.001); t6: 197 versus 171% (P<0.01)].
A suplementação de seis meses de doses idênticas de EPA + DHA levou a um aumento mais rápido e maior no índice de ômega-3 quando consumido como triacilglicerídeos do que quando consumido como ésteres etílicos.
European Journal of Clinical Nutrition (2011) 65, 247-254; doi:10.1038/ejcn.2010.239; publicado on-line em 10 de novembro de 2010.
ácidos graxos n-3; triacilglicerídeos; ésteres etílicos; índice de ômega-3; ácido eicosa- pentaenoico; ácido docosahexaenoico.
Newsletter + Guia sobre resiliência
Assine a newsletter e receba o e-book “Guia sobre resiliência: a relação com o estresse e dicas práticas”. Exclusivo para assinantes.
Quero assinar