A vitamina D desempenha um papel crucial para garantir a densidade óssea apropriada. Conforme relatório, publicado em The Journal of Foot & Anckle Surgery, indivíduos ativos que gostam de participar em atividades de alto impacto podem precisar de níveis mais altos dessa vitamina para reduzir o risco de fraturas por estresse.
O papel da vitamina D no organismo tornou-se recentemente objeto de interesse crescente devido aos seus muitos efeitos fisiológicos através de múltiplos sistemas de órgãos. Sendo um nutriente essencial que pode comportar-se como um hormônio, ela é obtida através da dieta e da pele quando exposta aos raios solares. Essencial para o desenvolvimento ósseo e remodelação para assegurar a densidade da massa óssea adequada, seu baixo nível pode levar à osteoporose, osteomalacia, diminuição da densidade mineral óssea e risco de fratura aguda.
Os investigadores do estudo testaram a concentração de soro de 25 (OH) D, usado para determinar o nível de vitamina D, em pacientes com fraturas de estresse confirmadas. “Ao avaliar as concentrações médias séricas em pessoas com fraturas por estresse e comparando-as com as diretrizes atuais, queríamos incentivar uma discussão sobre a recomendação de uma maior concentração sérica de vitamina D para indivíduos ativos”, explicou o investigador Jason R . Miller, DPM, FACFAS, diretor do Pennsylvania Intensive Lower Extremity Fellowship, cirurgião de pé e tornozelo do Premier Orthopedics and Sports Medicine, em Malvern, Pensilvânia, e membro do Colégio Americano de Cirurgiões de Pés e Tornozelos.
Os pesquisadores revisaram os registros médicos de pacientes que apresentaram dor na extremidade inferior, com suspeita de fratura por estresse, ao longo de um período de três anos – a partir de agosto de 2011 a julho de 2014. Todos os pacientes tinham raios-x da extremidade afetada e, se nenhuma fratura aguda houvesse sido observada, eram enviados para fazer ressonância magnética (MRI) devido à preocupação de fratura por estresse com base nos achados do exame físico. Independentemente, radiologistas musculoesqueléticos revisaram todos os exames de ressonância magnética, e, após revisão das imagens, os investigadores confirmaram o diagnóstico de fratura por estresse.
O nível sérico de vitamina D foi acompanhado dentro de três meses após o diagnóstico de 53 (42,74%) desses pacientes. Usando os padrões recomendados pelo Conselho de Vitamina D (referência: 40 a 80 ng/mL), mais de 80% desses pacientes seriam classificados como tendo níveis insuficientes de vitamina D. De acordo com os padrões estabelecidos pela Sociedade de Endocrinologia (referência: 30 a 100ng/mL), mais de 50% teriam níveis insuficientes.
“Com base nesses resultados, recomendamos um nível sérico de vitamina D de pelo menos 40ng/mL para proteger contra fraturas por estresse, especialmente para indivíduos ativos que gostam de participar em atividades de alto impacto”, explicou o Dr. Miller. “Essa recomendação se correlaciona com um estudo anterior de 600 recrutas da marinha do sexo feminino que apresentavam duas vezes maior risco de fraturas por estresse da tíbia e perônio com um nível de vitamina D inferior a 20ng/mL, em comparação com mulheres com concentrações acima de 40ng/mL.”
“No entanto, a vitamina D não é a única preditora de fratura por estresse e recomendamos que as pessoas que se exercitam regularmente, ou que participam de atividades de alto impacto, sejam aconselhadas sobre os protocolos de treinamento apropriado e gradual para reduzir o risco de desenvolver uma fratura por estresse.”
Fonte:http://www.eurekalert.org/pub_releases/2015-12/ehs-llo121415.php
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