Em algumas condições, a atuação de determinados nutrientes pode melhorar o metabolismo e promover seu reequilíbrio
Um novo estudo publicado pela Associação Europeia para o Estudo do Diabetes (Junho/2014), mostrou que a suplementação de cálcio e vitamina D para gestantes com Diabetes Gestacional melhorou o perfil metabólico dessas mulheres, como redução do açúcar no sangue, melhora da sensibilidade à insulina, além de aumentar o colesterol HDL (o “bom”).Os níveis de glutationa (potente antioxidante) aumentaram significativamente (p=0.03) e preveniu o aumento da concentração de MDA (malonildialdeído, um indicador de estresse oxidativo).
Foi um estudo randomizado, controlado com placebo, realizado em maternidades filiadas à Universidade de Ciências Médicas de Kashan, no Irã. Participaram da pesquisa 56 mulheres com diabetes gestacional, em uma gestação entre 24 e 28 semanas. Elas tinham entre 18 a 40 anos de idade. A escolha das participantes para receber a suplementação ou placebo foi aleatória.
Como foi feito o estudo? Eram 28 mulheres no grupo Vit D + Ca e a dose administrada foi de 1000 mg de cálcio por dia e 50000 UI de vitamina D3, duas vezes durante o estudo: no início do estudo e no 21° dia da intervenção, assim como o grupo placebo (n=28) que recebeu cápsulas inertes nos momentos mencionados. Elas tiveram o sangue coletado no início do estudo e ao fim de 6 semanas de intervenção.
Qual a gravidade da doença?
Segundo a Sociedade Brasileira do Diabetes, “durante a gravidez ocorrem adaptações na produção hormonal materna para permitir o desenvolvimento do bebê. A placenta é uma fonte importante de hormônios que reduzem a ação da insulina, responsável pela captação e utilização da glicose pelo corpo. O pâncreas materno, consequentemente, aumenta a produção de insulina para compensar este quadro de resistência à sua ação. Em algumas mulheres, entretanto, este processo não ocorre e elas desenvolvem quadro de diabetes gestacional, caracterizado pelo aumento do nível de glicose no sangue. Quando o bebê é exposto a grandes quantidades de glicose ainda no ambiente intra-uterino, há maior risco de crescimento fetal excessivo e, conseqüentemente, partos traumáticos, hipoglicemia neonatal e até de obesidade e diabetes na vida adulta.”
Assim, o Diabetes Gestacional faz com que os níveis de substâncias inflamatórias circulem o tempo todo pelo sangue da futura mamãe, fazendo com que aumentem as chances de se instalar o diabetes tipo II. Para o bebê, o risco dessa condição é de nascimento prematuro, peso ao nascer acima do adequado, trauma fetal, etc.
Para as mamães que não forem ou puderem suplementar, a ingestão de cálcio através de vegetais verde-escuros, sardinha, amêndoas, semente de gergelim, linhaça, grão-de-bico, entre outros alimentos, são excelentes fontes e que, além disso, também auxiliam na redução de açúcar no sangue. A vitamina D também é produzida através da exposição da pele aos raios solares, por pelo menos, 15 a 20 minutos por dia.
Fontes:
Asemi Z, Karamali M, Esmaillzadeh A. Effects of calcium–vitamin D co-supplementation on glycaemic control, inflammation and oxidative stress in gestational diabetes: a randomised placebo-controlled trial. Diabetologia, 2014;
Diabetologia. “Calcium, vitamin D supplementation improves metabolic profile of pregnant women with gestational diabetes.” ScienceDaily. ScienceDaily, 23 June 2014
Sociedade Brasileira do Diabetes. Disponível em: http://www.diabetes.org.br/diabetes-gestacional
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