Atualmente, os antibióticos são uma classe de medicamentos amplamente prescritos, no entanto, podem causar perturbações na flora gastrointestinal e levar à diminuição da resistência à patógenos como Clostridium difficile (C. difficile). Esta bactéria pode colonizar o intestino e resultar no aparecimento de algumas condições como diarreia e colite. A partir daí o tratamento torna-se caro e os custos para o sistema médico aumentam substancialmente.
Os probióticos são organismos vivos muito utilizados para equilibrar a flora gastrointestinal e reduzir o risco de crescimento de bactérias patogênicas.Alguns estudos consideraram o uso de probióticos uma alternativa eficaz, segura e de baixo custo na prevenção e tratamento de diarreia associada à C. difficile (DACD). Uma recente revisão sobre probióticos incluiu 31 estudos randomizados (4.492 participantes) foi publicada pela Cochrane.
Os resultados sugeriram que, quando os probióticos foram administrados com antibióticos, o risco de desenvolver DACD caiu 64 por cento, além de diminuir o risco de efeitos colaterais (cólicas abdominais, náuseas, febre, fezes amolecidas, flatulência e alteração do paladar) em 26 estudos. Apenas 2% dos participantes que tomaram probióticos apresentaram CDAD, comparados aos 6% que ingeriram placebo.
“A utilização a curto prazo de probióticos se mostrou segura e eficaz quando utilizado em conjunto com antibióticos em pacientes que não estão imunocomprometidos ou severamente debilitados”, disse o pesquisador-chefe Bradley Johnston do Hospital for Sick Children Research Institute, em Toronto, no Canadá.
A introdução de probióticos como coadjuvantes aos antibióticos poderia ter um impacto imediato sobre os prognósticos dos pacientes, especialmente em cenários com frequentes infecções pela bactéria. “No entanto, ainda é necessário estabelecer quais as doses das cepas probióticas que proporcionam os melhores resultados e determinar a segurança do uso em pacientes imunocomprometidos”, ressalta Johnston.
Embora a combinação probióticos/antibióticos reduziu o desenvolvimento de DACD, não reduziu o número de pessoas que foram infectadas com C. difficile. “Achamos que é possível que os probióticos atuem na prevenção dos sintomas, mas não da infecção em si, o que pode ser investigado futuramente”, completou o autor.
Referências:
Johnston BC, Ma SS, Goldenberg JZ, Thorlund K, Vandvik PO, Loeb M, Guyatt GH.Probiotics for the prevention of Clostridium difficile-associated diarrhea: a systematic review and meta-analysis. Ann Intern Med. 2012 Dec 18;157(12):878-88.
Wiley (2013, May 30). Probiotics prevent diarrhea related to antibiotic use, review shows. ScienceDaily. Retrieved June 3, 2013.
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