Dicas para escolher o melhor repelente
Mais do que uma coceira incômoda, a picada de insetos pode transmitir doenças. Os mosquitos são vetores de doenças que afetam milhões de pessoas, como malária, dengue, febre amarela, chikungunya e Zika. Infelizmente, não existem vacinas ou outros tratamentos específicos para vírus transmitidos por mosquitos. O mais recomendado é evitar a picada.
Por isso, cada vez mais pessoas usam repelentes como forma de proteger a si mesmo e à sua família. Mas todos eles são produzidos com a mesma fórmula? Quais são os ingredientes mais seguros para aplicarmos na pele? Descubra neste texto como identificar o melhor repelente.
Desenvolvimento dos repelentes de uso tópico
Com batalhas em regiões tropicais no Pacífico e Norte da África, a Segunda Guerra Mundial foi o principal fator no desenvolvimento de novas tecnologias repelentes. Entre 1942 e 1947, cerca de 6.000 produtos químicos foram testados, sendo que alguns deles são utilizados até os dias atuais.
Tipos de repelentes de inseto
Repelentes de insetos de uso tópico funcionam criando uma barreira de vapor que impede os mosquitos de entrarem em contato com a superfície da pele. Para isso, as fórmulas utilizam diferentes princípios ativos. Conheça abaixo alguns deles:
- DEET – Foi desenvolvido pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos e patenteado como repelente de mosquitos pelo Exército dos Estados Unidos em 1946. A recomendação da Anvisa é que seja usado a partir dos 2 anos de idade.
- IR3535 – Trata-se de um ativo sintético, desenvolvido na década de 1970 e que tem seu uso permitido após os 6 meses de idade.
- Icaridina – É um análogo da piperidina incolor, quase inodoro, desenvolvido na década de 1980 por meio de modelagem molecular. Estudos mostram grande eficácia contra o mosquito Aedes Aegypt. No geral, pesquisas apontam eficácia semelhante ao DEET e ao IR3535, mas com maior duração.
- Óleos naturais – Normalmente são feitos a partir de essências de ervas, como cidreira e citronela, de frutas cítricas, de eucalipto ou de hortelã. Apresentam certa volatilidade, exigindo a reaplicação mais frequente. Não são reconhecidos como repelentes pela Organização Mundial da Saúde (OMS)
Outras dicas para escolher o melhor repelente
Além de observar a eficácia e a duração do princípio ativo, é preciso também estar atento a outras características dos repelentes:
- Concentração adequada do princípio ativo, o que garante o seu efeito repelente e o tempo adequado de ação.
- Livre de xenoestrógenos, substâncias utilizadas como conservantes, e que podem atuar como desreguladores hormonais no organismo.
Como e com que frequência passar repelentes?
Uma vez que o efeito repelente depende da formação da “nuvem”, não é recomendado usar o repelente por baixo das roupas e sim na pele exposta (braços, colo, pernas, pés).
- Não aplique o repelente em cortes, ferimentos ou na pele irritada ou queimada pelo sol.
- Não use o repelente em espaços fechados: aplique sempre ao ar livre.
Para manter o efeito repelente, deve-se reaplicar o produto de acordo com o recomendado nos rótulos das embalagens. Em locais de alta temperatura e umidade, o corpo acaba suando mais, o que reduz a duração do efeito do repelente. Portanto, reaplicações mais frequentes podem ser necessárias.
Existe repelente infantil? E repelente para gestantes?
A possibilidade ou não de uso de repelentes por essas pessoas está indicada na embalagem de cada repelente. Isso porque cada fórmula tem uma composição diferente e é recomendável seguir as instruções do rótulo e/ou a orientação médica, respeitando-se a idade mínima e intervalo entre as aplicações, além de possíveis restrições a gestantes.
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