LEXINGTON, Ky (17 de maio, 2016) – Uma pesquisa recente sugere que o exercício físico pode fornecer alguma medida de proteção contra a doença de Alzheimer (DA) e demais demências.
Um grupo de pesquisadores liderado por Nathan Johnson, PT, DPT, PhD, da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade de Kentucky, foi capaz de demonstrar uma correlação positiva entre a aptidão física (fitness) e o fluxo sanguíneo para as áreas do cérebro onde os emaranhados e placas indicadores de DA são geralmente detectados pela primeira vez.
Trinta homens e mulheres com idades entre 59 e 69 foram avaliados através de esteira e ultrassons do coração. Em seguida, estudaram as imagens do cérebro observando o fluxo sanguíneo em certas áreas do cérebro.
“Partimos para caracterizar a relação entre a função do coração, fitness, e o fluxo sanguíneo cerebral, pois nenhum outro estudo havia explorado até à data”, relatou Johnson. “Em outras palavras, se você estiver em boa forma física, será que isso melhorará o fluxo sanguíneo para as áreas críticas do cérebro? E um melhor fluxo de sangue fornece alguma forma de proteção contra a demência?”
Os resultados mostraram que o fluxo sanguíneo para as áreas críticas do cérebro – e assim o suprimento de oxigênio e nutrientes vitais – foi maior entre aqueles que eram mais aptos fisicamente.
Em termos leigos, esse estudo demonstra que o exercício regular em qualquer idade poderia manter a mente jovem.
“Podemos provar irrefutavelmente que o aumento do fitness vai prevenir a doença de Alzheimer? Não neste momento”, afirmou Johnson. “Mas este é um primeiro passo importante no sentido de demonstrar que ser fisicamente ativo melhora o fluxo sanguíneo para o cérebro e confere alguma proteção contra a demência. E, inversamente, que as pessoas que vivem estilos de vida sedentários, especialmente aquelas que são geneticamente predispostas à doença de Alzheimer, podem ser mais suscetíveis.”
Desde que muitas pessoas que se exercitam com frequência têm reduzida a rigidez arterial, Johnson e seu grupo postulam que a atividade física regular – independentemente da idade – mantém a integridade dos “canos” que transportam o sangue para o cérebro.
“Em meados do final do século 20, grande parte da investigação em demências, como a doença de Alzheimer, focava em contribuições vasculares para a doença, mas a descoberta de placas amiloides e emaranhados levou a pesquisa prevalecente para uma direção diferente”, contou Johnson. “Pesquisas como esta anunciam um retorno à exploração das maneiras que o sistema vascular contribui para o processo da doença.”
A pesquisa de Johnson, apoiada por uma bolsa da National Institutes of Health CTSA (UL1TR000117) e da University of Kentucky’s Clinical Services Core, foi publicada em NeuroImage.
Fonte: http://www.eurekalert.org/pub_releases/2016-05/uok-sre051616.php
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