O coração possui um complexo sistema elétrico responsável por suas contrações e os sinais elétricos são gerados pelos minerais, principalmente o magnésio. Sem ele e seus outros “parceiros” (cálcio, fósforo…), aumenta o risco de os batimentos ficarem irregulares e se tornarem crônicos. A importância do magnésio se dá também através da inibição da agregação de plaquetas e melhora da síntese de óxido nítrico, o que ajuda a relaxar os vasos sanguíneos.Seu consumo adequado também é associado a menores chances de desenvolver diabetes (um dos fatores que podem predispor à doença cardiovascular), pois aumenta a sensibilidade à insulina e reduz as taxas de glicose no sangue.
Estudos anteriores que relacionaram a deficiência de magnésio com a doença isquêmica do coração (DIC) produziram resultados inconsistentes, em parte por falta de medidas reais da concentração de magnésio no organismo. Para este estudo publicado no início de março na American Journal of Clinical Nutrition, surgiu a hipótese de avaliar se a excreção urinária do magnésio está associada com risco de DIC, e se esse tipo de avaliação mostra resultados mais consistentes.
Participaram do estudo 7.664 adultos sem doença cardiovascular diagnosticada, de acordo com dados de um estudo prospectivo de Prevenção da Doença Renal e Vascular (PREVEND), entre residentes de Groningen, na Holanda. Os níveis de excreção urinária de magnésio das amostras obtidas entre 1997 e 1998, foram utilizados como um marcador da ingestão dietética do mineral, durante 10 anos. Neste período, 462 diagnósticos de doença isquêmica do coração foram feitos.
Homens e mulheres com níveis de magnésio urinário menores tinham um risco aumentado de sofrer da doença, com índices de 70% a mais que os demais participantes. O autor Michel Joosten e sua equipe observaram que essa deficiência pode resultar em arritmia cardíaca e, em casos mais graves, morte súbita.
Os autores do estudo concluíram que a baixa excreção urinária de magnésio foi independentemente associada à maior incidência de DIC. Dado o número significativo de indivíduos que têm ingestão inadequada de magnésio, melhorar o consumo de fontes ricas do mineral pode ser uma abordagem promissora para a prevenção primária da doença isquêmica do coração.
Referência:
Joosten, M.M., Gansevoort, R.T., Mukamal, K.J., van der Harst, P., Geleijnse, J.M., Feskens, E.J.M., Navis, G., Bakker, S.J.L., for The PREVEND Study Group. Urinary and plasma magnesium and risk of ischemic heart disease. March 13, 2013 Am J Clin Nutr May.
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