Um artigo publicado no Journal of Nutritional Science and Vitaminology (2015) relata o resultado de um estudo realizado no Instituto de Tecnologia de Shibaura, Japão, sobre um aumento da disfunção cognitiva em camundongos com deficiência de vitamina E. Os animais que experimentaram deficiência de longo prazo exibiram um aumento na peroxidação lipídica do cérebro, indicando que uma falta contínua de vitamina E – um conhecido antioxidante – pode acelerar a oxidação do cérebro.
“É bem sabido que a elevação de produtos oxidativos nos tecidos vivos acelera o risco do desenvolvimento e progressão de doenças graves, tais como as doenças neurodegenerativas, doenças do fígado e doenças do coração”, escreveram os autores Koji Fukui e colegas. “A fim de evitar o risco de desenvolvimento ou progressão de doenças associadas aos radicais livres no processo de senescência, é necessário atenuar a produção de espécies reativas de oxigênio ou dano oxidativo… A vitamina E (forma alfa-tocoferol), que é uma vitamina lipofílica natural, possui uma poderosa função antioxidante.”
Foram incluídos no estudo camundongos que receberam uma dieta deficiente em vitamina E ou padrão, começando no primeiro mês de idade e continuando até à idade de três ou seis meses, seguido de testes cognitivos. A peroxidação lipídica foi medida no córtex cerebral, cerebelo e no hipocampo, e os níveis de colesterol sérico foram avaliados.
Animais deficientes em ambos os grupos etários apresentaram prejuízos na função cognitiva, em comparação com o grupo que recebeu uma dieta padrão. Também apresentaram níveis séricos de colesterol mais elevados, em comparação com os seus controles pareados por idade. Enquanto a peroxidação lipídica do cérebro foi semelhante entre os animais de três meses de idade deficientes e não deficientes, os com deficiência de vitamina E aos seis meses de idade apresentaram maior peroxidação no córtex e cerebelo, em comparação com os não deficientes da mesma idade, indicando um efeito significativo na associação com a deficiência de longo prazo.
Os autores observaram que apenas algumas semanas de deficiência de vitamina E – neste caso, oito semanas -, tem o potencial para causar disfunção cognitiva.
“Estes resultados indicam que a deficiência de vitamina E crônica pode lentamente acelerar a oxidação do cérebro”, concluem. “Deste modo, pode ser preciso monitorar a concentração de vitamina E a fim de evitar o risco de disfunção cognitiva, mesmo sob condições normais.”
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