O resveratrol, um composto encontrado no vinho tinto, chocolate preto e amoras, parece aumentar a defesa do cérebro contra a doença de Alzheimer, de acordo com novas informações recolhidas a partir de um estudo de 2015 e publicado na revista Neurology. Pesquisadores da Universidade de Georgetown apresentaram os resultados na Conferência Internacional da Associação de Alzheimer de 2016.
“Essas descobertas sugerem que o resveratrol impõe um tipo de controle na fronteira do cérebro. O agente parece fechar as moléculas imunes indesejáveis que podem exacerbar a inflamação do cérebro e matar neurônios”, relatou o neurologista Charbel Moussa, MD, PhD, diretor de pesquisa clínica e científica do Centro Médico da Universidade de Georgetown (Translational Neurotherapeutics Program). “Essas são descobertas muito emocionantes porque mostram que o resveratrol envolve o cérebro de forma mensurável e que a resposta imune à doença de Alzheimer vem, em parte, do lado de fora do cérebro.”
A inflamação que prejudica o cérebro de pessoas com Alzheimer é acreditada como uma reação do acúmulo de proteínas anormais que prejudicam os neurônios. Os pesquisadores acreditam que a inflamação que piora a doença vem de células imunes que já estão no cérebro. Mas este estudo sugere que algumas das moléculas imunes que podem causar inflamação no sangue podem entrar no cérebro através de uma barreira enfraquecida entre sangue e cérebro. É essa barreira que o resveratrol pode ajudar a fortalecer.
“Essas novas descobertas são excitantes porque aumentam nossa compreensão de como o resveratrol pode ser clinicamente benéfico para indivíduos com doença de Alzheimer. Em particular, o estudo aponta para o importante papel da inflamação na doença e os potentes efeitos anti-inflamatórios do resveratrol”, afirmou o líder do estudo R. Scott Turner, MD, PhD, diretor do Programa de Distúrbios da Memória do GUMC e codiretor do “Translational Neurotherapeutics Program”.
Os pesquisadores dizem que, enquanto mais testes são necessários, não é provável que o resveratrol seja um tratamento único para a doença de Alzheimer. Este polifenol não defende o cérebro contra tau – um agregado de proteínas envolvidas na doença –, então um tratamento bem-sucedido provavelmente combinaria resveratrol com um agente que alveje essa proteína.
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