Uma recente meta-análise constatou que houve um aumento de 21% do risco de câncer de rim em pessoas com níveis baixos de vitamina D, em comparação com indivíduos com níveis de vitamina D mais elevados.
O câncer de rim, também conhecido como câncer renal, é o 13º tipo mais comum de câncer no mundo com mais de 50.000 novos casos a cada ano. Como várias outras condições crônicas, os fatores de risco para esta doença incluem tabagismo, hipertensão, obesidade e herança genética.
Estudos anteriores ligaram o status da vitamina D para vários tipos de câncer, incluindo mama, próstata, colorretal e do rim. Avaliaram a relação entre a vitamina e o câncer de rim, mas, no entanto, os resultados eram pouco claros, e muitos propuseram uma análise mais quantitativa sobre o efeito que a vitamina D pode ter sobre a condição.
Devido aos resultados inconclusivos, um grupo de pesquisadores realizou uma meta-análise, a fim de explorar ainda mais essa relação. Uma meta-análise desempenha um papel importante na investigação, porque condensa os resultados de vários estudos relevantes e cria uma análise abrangente destes com base na significância estatística.
Todas os estudos disponíveis sobre o tema foram compilados e incluídos na análise se os seguintes critérios fossem atendidos:
– Estudo original e realizado em apenas seres humanos.
– Feita avaliação da correlação entre a 25-hidroxivitamina D circulante e o risco de câncer de rim.
– Design do estudo tipo caso-controle ou prospectivo de coorte.
Um total de 9 estudos (2 coortes prospectivos e 7 caso-controles) com um total de 130.609 participantes e 1.815 incidências de câncer de rim se ajustaram aos critérios e, assim, foram incluídos na análise. Os pesquisadores descobriram que um maior nível de vitamina D foi associado com uma redução de 21% do risco de câncer de rim. Níveis séricos de 25 (OH) D foram inversamente associados com a incidência do câncer na Europa. No entanto, essa relação não foi significativa para os estudos nos Estados Unidos, o que sugere um potencial influente papel da latitude à vitamina D e o risco de câncer de rim.
Os pesquisadores concluíram: “Nossas descobertas atuais sugerem que níveis mais elevados de 25-hidroxivitamina D circulante podem reduzir o risco de câncer do rim em 21%”.
É importante observar os pontos fortes e limitações deste estudo: O grande tamanho da amostra e rígidos critérios de inclusão aumentaram a força dos resultados. Além disso, não foi observada heterogeneidade óbvia entre os estudos, o que significa que a pesquisa selecionada foi comparável, uma vez que os estudos não têm qualquer variação significativa no design ou resultados. Os estudos individuais foram ajustados para fatores de confusão importantes, como idade, sexo e tabagismo; no entanto, os pesquisadores notaram que outros fatores de confusão desconhecidos não puderam ser contabilizados. Além disso, os estudos foram conduzidos em países bem desenvolvidos, ou seja, os resultados podem não ser representativos da população em geral fora dessas regiões. Além disso, os projetos de observação dos estudos incluíram somente associação comprovada, e não causalidade.
Mais estudos prospectivos e ensaios clínicos randomizados de grande escala são necessários para estabelecer ainda mais a relação entre a vitamina D e o câncer de rim.
Citação: Peterson, R. & Cannell, JJ. Examining the association of circulating 25-hydroxyvitamin D with kidney cancer risk: a meta-analysis. The Vitamin D Council Blog & Newsletter, 2016.
Fonte: Guangzheng Lin, et. al. Examining the association of circulating 25-hydroxyvitamin D with kidney cancer risk: a meta-analysis. International Journal of Clinical and Experimental Medicine, 2015.
Traduzido por Essential Nutrition. Artigo na íntegra disponível em:
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