Uma pesquisa da Northwestern Medicine mostrou que níveis sanguíneos deficientes de vitamina D nos homens podem prever câncer de próstata agressivo identificado no momento da cirurgia. A descoberta é importante porque pode ajudar na orientação de homens e seus médicos, que podem estar considerando a vigilância ativa, na qual monitoram o câncer ao invés de remover a próstata.
“A deficiência de vitamina D pode prever o câncer de próstata agressivo como um biomarcador”, afirmou o investigador principal, o Dr. Adam Murphy, professor assistente de urologia da Feinberg School of Medicine da Universidade Northwestern e urologista da Northwestern Medicine.
“Homens com pele escura, baixa ingestão de vitamina D ou baixa exposição ao sol devem ser testados quanto à deficiência de vitamina D quando são diagnosticados com um PSA elevado ou com câncer de próstata. Em seguida, a deficiência deve ser corrigida com suplementação”, reforça.
Estudos anteriores que mostram uma associação entre os níveis de vitamina D e o câncer agressivo da próstata foram baseados em amostra de sangue retirada bem antes do tratamento. O novo estudo da Northwestern fornece uma correlação mais direta porque mediu os níveis da vitamina dentro de alguns meses antes do tumor ter sido identificado visualmente como agressivo durante a cirurgia para remover a próstata (prostatectomia radical).
Câncer de próstata e vitamina D
A relação entre vitamina D e câncer de próstata pode explicar algumas disparidades observadas no próprio câncer, especialmente entre os homens afro-americanos. Pesquisas anteriores de Murphy e colegas mostraram que os homens afro-americanos que vivem em locais com pouca exposição de luz solar são até uma vez e meia mais propensos a ter deficiência de vitamina D do que homens caucasianos.
Mas como a vitamina D é um biomarcador para a saúde óssea e para a agressividade de outras doenças, todos os homens deveriam verificar seus níveis, disse Murphy. “Os homens deveriam se suplementar com vitamina D para atingirem níveis normais. Isso faz parte de cuidados de saúde preventivos inteligentes”, afirmam os estudiosos.
O câncer de próstata agressivo é definido pelo fato de o câncer ter migrado para fora da próstata e por apresentar uma alta pontuação no índice de Gleason. Uma baixa pontuação Gleason significa que o tecido do câncer é semelhante ao tecido normal da próstata e menos propenso a se espalhar. Uma alta pontuação significa que o tecido cancerígeno é muito diferente do normal e é mais provável que se espalhe.
Dados do estudo comprovam a importância da exposição à luz solar
O estudo foi publicado no Journal of Clinical Oncology. Murphy colaborou no estudo com Rick Kittles, diretor associado do centro do câncer da Universidade do Arizona. (O estudo fazia parte de uma pesquisa maior em andamento, com 1.760 homens da área de Chicago, que examina a vitamina D e o câncer de próstata).
Cento e noventa homens com idade média de 64 anos e que sofreram uma prostatectomia radical para remover a próstata (2009 a 2014) participaram do estudo atual. Desse grupo, 87 deles tiveram câncer de próstata agressivo. Aqueles com câncer agressivo tinham um nível médio de 22,7 nanogramas por mililitro de vitamina D, significativamente abaixo do nível normal de mais de 30 nanogramas/mililitro.
O nível médio de vitamina D em Chicago durante o inverno é de cerca de 25 nanogramas/mililitro. A maioria das pessoas em Chicago deveria estar se suplementando, especialmente durante os meses de inverno, observou Murphy.”É muito difícil manter níveis normais quando você trabalha em um escritório todos os dias e por causa do nosso longo inverno”, afirma.
O Instituto de Medicina americano recomenda 600 UI (unidades internacionais) de vitamina D por dia, mas Murphy recomenda que os residentes de Chicago recebam de 1.000 a 2.000 UI por dia.
Traduzido e adaptado por Essentia Pharma:
https://professorhealth.org/2018/01/low-level-vitamin-d-linked-to-high-risk-of-aggressive-prostate-cancer/
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