Um estudo recente descobriu que para cada diminuição de 10ng/ml dos níveis de vitamina D, ocorreu um aumento de 14% do risco de desenvolver a infecção pelo vírus do papiloma humano (do inglês, human papillomavirus – HPV) em mulheres sexualmente ativas.
O HPV é a infecção mais comum transmitida sexualmente, e pode se desenvolver a partir do sexo vaginal, anal ou oral com alguém que já tem o vírus. Existem mais de 100 variedades de HPV, com aproximadamente 40 tipos que podem infectar a região cérvico-vaginal. Na maioria dos casos, o HPV desaparece por si próprio e não causa problemas de saúde. No entanto, quando ele não desaparece, pode causar problemas de saúde como verrugas genitais e câncer.
Os indivíduos podem reduzir seu risco de desenvolver HPV com a vacinação e uso de proteção. A vacina protege contra os tipos de HPV 6, 11, 16 e 18, os quatro tipos responsáveis pela grande maioria das doenças associadas. Em dezembro de 2014, uma nova vacina foi aprovada para proteção contra 9 tipos de HPV. Além disso, a triagem de rotina para mulheres com idade entre 21 a 65 anos é recomendada.
A vitamina D desempenha um papel importante no sistema imune, aumentando a expressão de peptídeos antimicrobianos e ativação de células-T assassinas para detectar e destruir agentes patogênicos invasores. Portanto, recentemente, pesquisadores construíram a hipótese de que um baixo nível de vitamina D estaria ligado a um maior risco de HPV.
Para testar a hipótese, eles examinaram os dados do programa de estudos americano National Health and Nutrition Examination Survey (NHANES 2003 a 2006). Naquele momento, nenhuma das vacinas contra o HPV haviam sido introduzidas.
Os pesquisadores estudaram um total de 2.353 mulheres sexualmente ativas com os resultados dos testes disponíveis de infecção por HPV cérvico-vaginal e níveis de vitamina D. A análise incidiu sobre os tipos de HPV que causam tumor e os quatro tipos que são prevenidos por vacina, referidos como “tipo de HPV de vacina”.
Aqui está o que descobriram depois de ajustar os resultados para a idade, raça/etnia e estado civil:
Os investigadores escreveram, “Em conclusão, os resultados desta representativa amostra nacional americana apoiam a hipótese de que o nível de vitamina D, avaliado pelos níveis séricos de 25(OH)D, é inversamente associado com a prevalência da infecção cérvico-vaginal pelo HPV em mulheres sexualmente ativas”.
O design do estudo foi transversal, ou seja, o estudo não conseguiu provar a causalidade. Por outro lado, o estudo também possui os seus pontos fortes desde que consistiu de uma amostragem representativa muito grande da população dos EUA, e também ajustou para múltiplas variáveis de confusão.
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