Um estudo publicado on-line em março de 2015 relata que a suplementação com ácidos graxos ômega-3 beneficia sintomas em indivíduos com transtorno do espectro do autismo (ASD). Os Centros para Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA relatam que a prevalência do autismo naquele país aumentou 119,4% desde 2000 (1 em 150 nascimentos) para 2010 (1 em 68 nascimentos). O autismo é a deficiência relativa ao desenvolvimento de mais rápido crescimento, um aumento de 6% a 15% a cada ano, de 2002 a 2010.
Neste estudo aberto, os pesquisadores suplementaram 41 crianças e adolescentes de sete a 18 anos de idade, diagnosticadas com transtorno do espectro do autismo, com ácidos graxos ômega-3 durante 12 semanas. Foram medidos os níveis de ácidos graxos no sangue, no início do estudo e após o período de intervenção. Também foram avaliados os participantes através da Escala de Receptividade Social e escalas da Síndrome de Problemas de Atenção Social do Child Behavior Checklist, onde se constatou melhora acentuada.
Aumentos nos níveis de ácidos graxos no sangue também foram associados com melhorias nos principais sintomas do autismo. Além disso, as concentrações de ácidos graxos no sangue no início do estudo previram bem como as crianças responderiam à suplementação de ômega-3, que foi bem tolerada, sem efeitos colaterais graves notificados.
Os pesquisadores concluíram, “Nossos resultados fornecem algum suporte preliminar para o uso de ômega-3 na abordagem ASD. Futuros estudos randomizados controlados com medidas de ácidos graxos sanguíneos, contando com uma amostra maior e um período de seguimento mais longo se justifica”.
Traduzido por Essentia Pharma
Referência:
Ooi YP, et ai. Eur J Clin Nutr. 2015 Mar 25. [Epub ahead of print.]
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