A ansiedade é um sentimento ou emoção considerada normal diante de momentos importantes da nossa vida, quando precisamos falar em público ou enquanto aguardamos uma resposta ou decisão.
Por se tratar de algo natural, é provável que todas as pessoas, em algum momento, já tenham vivenciado essa emoção. No entanto, existem situações em que esse estado ansioso pode se transformar em um transtorno.
Para saber mais sobre o assunto, continue a leitura e confira os principais tipos de ansiedade, sintomas, como saber se você sofre com algum transtorno, diagnóstico, tratamento, dicas de como lidar e viver melhor.
Os transtornos de ansiedade se caracterizam pela preocupação excessiva e constante de que algo ruim irá acontecer. Essa reação pode levar a sentimentos de angústia, tensão, medo, insegurança e aflição, interferindo diretamente no dia a dia e impedindo a realização de atividades simples, como dirigir ou ficar sozinho em casa.
Para entender melhor o que é ansiedade e como tudo isso acontece no organismo, vale destacar uma estrutura localizada na parte mais profunda do cérebro chamada amígdala. Do tamanho de uma bolinha de gude, ela é quem processa e interpreta os sinais sensoriais vindos do ambiente, inclusive ameaças e perigos, que podem ser ou não reais.
Enquanto a amígdala identifica o perigo, os neurotransmissores cortisol, noradrenalina e adrenalina levam o cérebro a agir para se defender. Essa reação traz mais sangue para os músculos, mais ar para os pulmões, acelera o coração, enfim, deixa o corpo todo em estado de alerta para enfrentar a ameaça.
Tudo isso é positivo quando o perigo é real, pois faz o corpo agir depressa. Porém, quando se trata de algo imaginário, essa ativação fisiológica constante pode levar a outros problemas, como má digestão, dores de cabeça, hipertensão, risco de AVC, entre outros.
Por isso, os transtornos de ansiedade são classificados como doenças e necessitam de diagnóstico feito por profissional habilitado, assim como tratamento adequado.
Entre os fatores que podem desencadear transtornos de ansiedade estão:
A ansiedade pode afetar homens e mulheres adultos, idosos e também crianças. Como os pequenos nem sempre conseguem expressar de forma clara seus sentimentos, é importante ficar atento a sinais como birras e choros excessivos.
Os sintomas dos transtornos de ansiedade podem ser psicológicos e físicos.
Esses sintomas também podem desencadear reações sociais, como o medo de falar em público, iniciar ou manter uma conversa com alguém, tentar se manter sempre afastado, dificuldade em falar “não” e demonstrar preocupação excessiva com a opinião dos outros.
Além disso, algumas pessoas podem apresentar sintomas comportamentais, como bloqueios, constante estado de alerta, tensão no maxilar, andar de um lado para o outro e roer as unhas.
Assim como os sintomas, os transtornos de ansiedade também são diferentes. Confira os mais frequentes!
O TAG ocorre quando a ansiedade persiste durante muitos dias, por um período de mais ou menos seis meses. Os principais sintomas são o nervosismo e a preocupação exagerada.
De modo geral, a pessoa passa muito tempo tensa, ansiosa e preocupada, tentando antecipar situações, o que prejudica sua rotina e seu relacionamento social, com familiares e no trabalho.
São crises de ansiedade que acontecem de forma intensa e inesperada (especialmente a primeira vez). Isso faz com que muitos sintam medo de ter novas crises, dificultando a realização de tarefas cotidianas.
Com duração limitada, apresenta sintomas físicos que deixam a pessoa em situação de desespero e medo de que algo ruim aconteça, mesmo não havendo motivos para isso. Entre os sintomas estão a sensação de sufocamento e de morte, taquicardia, tonturas, tremores e falta de controle. Também podem ocorrer alterações gastrointestinais.
Quando não tratada de forma adequada, algumas situações podem se tornar um problema para quem sofre com a síndrome, como usar o elevador, voar de avião, sair ou ficar sozinho em casa, passar em túneis, entre outras.
A principal característica do TOC são os pensamentos obsessivos e intrusivos, que ocorrem de forma repetitiva, e acabam gerando ansiedade.
Somada às obsessões, podem ocorrer os comportamentos compulsivos, fazendo com que a pessoa tenha que repetir determinados rituais para não se sentir ansiosa. É uma forma de controlar os pensamentos e imagens que invadem a mente de forma insistente, mas que não trazem prazer. Ela se sente obrigada a fazer.
No entanto, esse comportamento pode durar muito tempo, às vezes o dia todo, e comprometer a vida de quem sofre com o transtorno. Alguns exemplos são pessoas que precisam lavar as mãos sempre que tocam em determinado objeto (medo excessivo de contaminação), organizar objetos seguindo uma determinada ordem ou certificar-se inúmeras vezes que fechou uma porta.
Acontece quando a pessoa vivencia ou testemunha uma experiência traumática ou por um ato de violência. Alguns exemplos são acidentes, sequestros, violência sexual, assaltos, catástrofes naturais, enfim, toda a espécie de trauma.
Os sintomas de ansiedade são desencadeados por esse transtorno quando o episódio é recordado ou revivido (revivescência), trazendo todo o sofrimento e a dor causados pelo trauma como se fosse a primeira vez.
A fobia é o medo persistente de alguma coisa. Na maioria das vezes está relacionado a algo irracional, ou seja, que não expressa um perigo real. Pode ser social ou de determinados objetos (medo de agulha), animais (medo de aranha) e situações (medo de altura).
O transtorno de ansiedade social ou fobia social se caracteriza pelo pavor de estar em público, seja para falar, comer, passear ou encontrar alguém. A ansiedade surge somente de pensar em ir a um evento, fazer uma viagem ou qualquer coisa que sugira um contato social.
A crise de ansiedade pode ser desencadeada após um período de preocupação excessiva. Por exemplo, quando há um acontecimento importante com o qual a pessoa não sabe lidar ou não consegue pensar de forma racional sobre o que está por vir, ficando por horas e horas sofrendo de forma antecipada.
Com isso, os níveis de ansiedade crescem a cada momento e acabam culminando em uma crise, sendo os principais sintomas:
Enquanto a crise de ansiedade tende a aumentar ao longo do tempo, os ataques de pânico se diferenciam por ocorrer de forma súbita e com sintomas mais intensos, atingindo seu ápice após 10 minutos do início.
É importante diferenciar os conceitos de ansiedade, medo e estresse para que se torne mais fácil tratar cada um deles.
Muitas vezes, na tentativa de resolver os sintomas físicos dos transtornos de ansiedade, quem sofre com eles nem percebe que está ansioso. Isso acontece porque as pessoas procuram maneiras de resolver seu desconforto físico, mas não a verdadeira origem do problema ou a importância de cuidar da saúde mental.
Nesse sentido, seguem algumas formas de identificar se os sintomas são causados ou não pela ansiedade.
Pare e observe seu corpo. Entenda o que está acontecendo, quando começou e se tem relação com algum evento estressante ou perturbação emocional. Também avalie se você costuma ficar tenso ou estressado por muito tempo.
Tente levar a sua mente para outro lugar, preferencialmente calmo e tranquilo. Quando você muda o foco do problema (sintomas) e passa a se sentir melhor, pode ser um sinal de ansiedade. As distrações são diferentes para cada pessoa. Busque identificar a sua (ouvir música, assistir uma série, correr, regar as plantas…)
É importante se certificar que os sintomas físicos não estão relacionados a nenhuma outra doença. Por isso, consulte seu médico e procure entender se a ansiedade está gerando sintomas físicos ou vice-versa.
Quando você passa a evitar compromissos e atividades porque está com medo ou passa boa parte do tempo preocupado e não consegue desenvolver suas atividades diárias, pode ser um sinal de que está na hora de pedir a ajuda de profissionais capacitados.
O diagnóstico dos transtornos de ansiedade é feito por profissionais habilitados (psicólogos e psiquiatras), por meio de uma investigação dos sintomas e da história de vida do paciente (anamnese).
Alguns exames também podem ser solicitados, para descartar doenças físicas. Entre eles estão os de sangue, os neurológicos e os cardiológicos (eletrocardiograma).
Como citamos no início deste texto, a ansiedade é um sentimento normal e presente na vida de todas as pessoas. No entanto, quando é diagnosticado algum transtorno, o tratamento deve ser realizado de acordo com a gravidade do caso.
As abordagens são diversas e incluem as práticas citadas acima, o uso de ativos naturais, psicoterapia e, em alguns casos, medicamentos. Por isso, a necessidade de avaliação e acompanhamento por profissionais capacitados.
Conhecer melhor a si mesmo e os fatores que levam à ansiedade são fundamentais para reduzir os sintomas e identificar a origem do problema.
A terapia é um momento acolhedor, em que o profissional habilitado promove reflexões e está disponível para auxiliar na construção desse autoconhecimento, bem como para que a pessoa se sinta mais segura em suas escolhas atuais e futuras.
Aliado à psicoterapia, está o uso de medicamentos para controlar a ansiedade. Os mais conhecidos são os antidepressivos e os ansiolíticos, que ajudam a aliviar os sintomas causados pelos transtornos.
Entre os ansiolíticos, existem os produzidos de forma sintética e os que utilizam ativos naturais, extraídos de plantas com princípios capazes de auxiliar a manter a calma e tratar os transtornos de ansiedade. São os fitoterápicos.
Além de saber o que é ansiedade, aprofunde o seu conhecimento sobre os ativos naturais com ação ansiolítica. Confira o nosso artigo sobre medicamentos para ansiedade, entenda quais são e para que serve cada um deles.
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