Newswise – FORT LAUDERDALE-DAVIE, Florida. – Um novo estudo publicado na revista on-line, Public Library of Science One (PLoS ONE) descobriu que os níveis de vitamina B12 no cérebro são significativamente reduzidos nos idosos e são muito menores em indivíduos com autismo ou esquizofrenia, em comparação com seus pares em idades semelhantes. Por exemplo, crianças com autismo (idade < 10) possuem três vezes mais baixos os níveis de vitamina B12 no cérebro, que é semelhante aos níveis de adultos, geralmente saudáveis, em seus 50 anos, o que indica uma diminuição prematura.
A equipe internacional de pesquisa liderada por Richard Deth, PhD., professor de farmacologia na Faculdade de Farmácia da Universidade de Nova Southeastern (NSU), analisou tecidos de doadores falecidos saudáveis, juntamente com tecidos de doadores que tiveram autismo ou esquizofrenia para fazer as comparações.
“Esta descoberta é particularmente significativa porque as diferenças que encontramos sobre a B12 no cérebro com o envelhecimento, o autismo e a esquizofrenia não são vistas no sangue, que é onde os níveis de vitamina B12 são geralmente mensurados”, afirmou o Dr. Deth. “Os grandes déficits de B12 nos cérebros de indivíduos com autismo e esquizofrenia poderiam ajudar a explicar por que pacientes que sofrem destes transtornos experimentam sintomas neurológicos e neuropsiquiátricos.”
O estudo também constatou que idosos saudáveis na faixa etária de 61 a 80 têm, aproximadamente, níveis três vezes mais baixos de B12 total no cérebro do que os grupos etários mais jovens, o que é um resultado do envelhecimento normal. Esta diminuição normal pode ajudar a ajustar o metabolismo cerebral para sustentar a sua função ao longo da vida.
A forma ativa da vitamina B12 chamada metilcobalamina, ou metil B12, apoia o desenvolvimento normal do cérebro por seu controle através de um processo conhecido como regulação epigenética da expressão do gene. Notavelmente, o nível de metil B12 (no cérebro) foi encontrado como sendo mais do que 10 vezes inferior em idosos saudáveis do que em pessoas mais jovens também saudáveis. Quando em idade jovem, um nível mais baixo do que o normal dessa forma de vitamina no cérebro pode afetar adversamente o desenvolvimento neurológico e atrapalhar o aprendizado e a memória mais tarde na vida.
Tanto o autismo quanto a esquizofrenia estão associados ao estresse oxidativo, que também desempenha um papel importante no envelhecimento, e o estresse oxidativo pode estar por trás da redução dos níveis de B12 observados no estudo. Portanto, os resultados sugerem a necessidade de mais pesquisas para determinar se o uso da suplementação de metil B12, juntamente com antioxidantes como a glutationa, pode ajudar a prevenir o estresse oxidativo, e ser útil no tratamento destas condições.
Fonte: http://www.newswise.com/articles/researchers-find-brain-levels-of-vitamin-b12-decrease-with-age-and-are-prematurely-low-in-people-with-autism-and-schizophrenia
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