Os medicamentos antipsicóticos são prescritos para um número cada vez maior de adolescentes e adultos jovens, e muitos deles estão sendo prescritos para fins sem os propósitos oficiais. Estes fortes medicamentos estão sendo prescritos para jovens com déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), uma condição que seu uso não tem aprovação para o tratamento.
De acordo com pesquisadores da Universidade de Columbia, em Nova York, o percentual de adolescentes que usa antipsicóticos aumentou de 1,10% em 2006 para 1,19% em 2010. Entre os jovens adultos com idades entre 19 a 24, o percentual subiu de 0,69% para 0,84%.
Para o estudo, o pesquisador e psiquiatra, Dr. Mark Olfson, e seus colegas analisaram dados de prescrições a partir de 2006, 2008 e 2010, bem como os registos a partir de 2009, combinando farmácia e informações médicas, atingindo registros de cerca de 60% de todas as farmácias de varejo nos EUA.
Cerca de 270.000 prescrições de medicamentos antipsicóticos foram endereçadas a crianças mais novas, 2,14 milhões a crianças mais velhas, 2,80 milhões a adolescentes, e 1,83 milhões a jovens adultos em 2010. Entre as crianças menores de 18 anos, a razão mais comum para os antipsicóticos era TDAH. “Isso é preocupante porque falta a evidência de eficácia de antipsicóticos para o tratamento de uma série de distúrbios comportamentais de saúde”, relatou a Dra. Meredith Matone, uma pesquisadora com PolicyLab no Hospital Infantil da Filadélfia.
Os antipsicóticos são aprovados para tratar doenças psicóticas como a esquizofrenia, transtorno bipolar, bem como para aliviar a agressão em jovens com comprometimento cognitivo. Ao prescrever esses medicamentos aos jovens para usos não comprovados, os médicos podem estar causando-lhes danos cerebrais irreparáveis. Na verdade, nos EUA, conselheiros pediátricos de saúde têm tentado alertar o público sobre os perigos conhecidos e desconhecidos quanto às prescrições generalizadas para crianças.
Como informamos anteriormente, muito do que pensávamos que sabíamos sobre a depressão acabou por ser falso. Durante anos, o público acreditava que baixos níveis de serotonina causava depressão, embora os cientistas nunca tenham dito ser o caso. O que se sabe é que a depressão pode ser minimizada através do aumento dos níveis de serotonina, e não que baixos níveis de serotonina seja a causa.
Devido a isso, muitos médicos e especialistas temem que os antidepressivos servem como um pouco mais do que um bandaid em uma ferida aberta, apenas combatendo os sintomas, sem tratar a causa da doença, agravando o problema no processo. Antidepressivos, na verdade, “trabalham” fazendo ocorrer uma overdose de serotonina no cérebro, possivelmente prejudicando o funcionamento do mesmo no processo. Você pode imaginar o impacto avassalador que isso pode ter sobre um jovem cérebro em desenvolvimento.
“Depois de várias semanas sob medicamentos psicoativos, os esforços de compensação do cérebro começam a falhar, e os efeitos colaterais que surgem refletem o mecanismo de ação dos medicamentos. Por exemplo, os ISRSs podem causar episódios de mania, por causa do excesso de serotonina. Antipsicóticos causam efeitos secundários que se assemelham à doença de Parkinson, devido à depleção de dopamina (que também é empobrecida na doença de Parkinson)”, explica o jornalista médico e candidato ao Pulitzer, Robert Whitaker.
“Como efeitos colaterais surgem, eles são muitas vezes tratados por outros medicamentos e muitos pacientes acabam consumindo um coquetel de medicamentos psicoativos prescritos para um coquetel de diagnósticos.”
Não é apenas o cérebro que é afetado por remédios psiquiátricos. Em 2010, o PsychiatricTimes.com publicou um artigo relativo a um par de pesquisas que descreveu o impacto dos medicamentos em crianças e adolescentes. No primeiro relatório, “um grupo grande e amplamente representativo” de pacientes crianças e adolescentes foi acompanhado durante 10 semanas após o início do tratamento. Durante essas semanas, o aumento de peso médio variou em 6 kilos e 3 kilos.
Esse ganho de peso substancial e rápido pode colocar os jovens em maior risco de doença cardíaca, derrame e diabetes mais tarde na vida. Um estudo publicado no JAMA Pediatria em abril constatou que crianças iniciadas em antipsicóticos podem ter maior risco para diabetes tipo II em cerca de 50 por cento. Se uma criança também está tomando um antidepressivo, o risco duplica.
Relatos de mortes e efeitos secundários perigosos associados aos antipsicóticos têm aumentado dramaticamente nos últimos anos. Um estudo de dados coletados entre 2000 e 2004 descobriu pelo menos 45 mortes de crianças em que um antipsicótico atípico foi listado no banco de dados do FDA como “principal suspeito”. Havia também 1.328 relatos de efeitos secundários graves e, às vezes, fatais.
Fonte:http://naturalsociety.com/widespread-prescribing-of-antipsychotic-drugs-sparks-serious-health-problems/?utm_source=Natural+Society&utm_campaign=8ae26ba0dd-Email_807_8_28_2015_9_Healthy_Brands_Coca_Cola&utm_medium=email&utm_term=0_f20e6f9c84-8ae26ba0dd-324172137
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