O nascimento prematuro é definido como nascido antes das 37 semanas de gestação, e é responsável por 5 a 18% de todos os nascimentos. Os bebês que nascem prematuros têm um risco maior de complicações no parto, tais como, paralisia cerebral, atraso no desenvolvimento, baixo peso ao nascer, doenças respiratórias e mortalidade. O nascimento prematuro é a principal causa de mortalidade em crianças.
Estudos anteriores têm explorado a relação entre a vitamina D e o nascimento prematuro, e descobriram que mães deficientes em vitamina D correm maior risco de ter um bebê nascido antes das 37 semanas de gestação. Uma análise post-hoc em duas coortes de gravidez descobriu que mulheres com níveis de vitamina D ≥ 40ng/ml (n = 233) tiveram um risco 57% menor de parto prematuro, em comparação com aquelas com concentrações ≤ 20ng/ml (RR = 0,43, intervalo de confiança de 95% (CI) = 0.22,0.83).
É importante compreender que existe uma relação entre os níveis de vitamina D materna e infantil. A deficiência de vitamina D durante a gravidez está fortemente associada a níveis baixos em recém-nascidos. Na verdade, estudos têm mostrado que bebês recém-nascidos possuem apenas 2/3 dos níveis de vitamina D de suas mães. Para que mães garantam que seu bebê receba quantidade suficiente da vitamina durante uma fase tão crítica de crescimento e desenvolvimento, deve-se suplementar a criança. Devido às muitas recomendações diferentes para esta suplementação em recém-nascidos, pode ser difícil determinar a quantidade ideal. A Academia Americana de Pediatria recomenda, pelo menos, 400 UI de vitamina D por dia; enquanto a Sociedade Europeia de Gastroenterologia Pediátrica, Hepatologia e Nutrição recomenda de 800 a 1000 UI de vitamina D por dia. O presente estudo procurou fornecer clareza sobre esta questão, avaliando os efeitos de duas doses de suplementação da vitamina (400 UI/dia e 1000 UI/dia) em recém-nascidos prematuros com baixo peso.
Os pesquisadores incluíram um total de 50 bebês prematuros, com baixo peso ao nascer (> 1.500g) no estudo. As crianças foram divididas em dois grupos. O Grupo 1 recebeu 400 UI de vitamina D3/dia, enquanto que o Grupo 2 recebeu 1000 UI de vitamina D3/dia. Níveis séricos de cálcio, fosfato e 25 (OH) D foram medidos no início do estudo e 6 semanas após. Os desfechos secundários da suplementação de vitamina D, como o crescimento e hipomineralização esquelética, também foram medidos. A hipomineralização esquelética é caracterizada pela deficiência grave de mineral nos ossos, o que pode resultar em ossos frágeis e quebradiços. As medidas antropométricas, como peso e circunferência da cabeça, foram tiradas diariamente, e radiografias bilaterais de punho foram administradas na 6ª semana para medir a hipomineralização esquelética.
O que os pesquisadores descobriram:
Os pesquisadores concluíram:
“A suplementação de vitamina D em uma dose de 1.000 UI/dia resultou em níveis significativamente mais elevados de cálcio sérico e 25 (OH) D … e melhor crescimento, em comparação com 400 UI/dia em recém-nascidos prematuros com baixo peso ao nascer.”
Este estudo, juntamente com pesquisas anteriores, ilustra claramente a importância da manutenção de níveis saudáveis de vitamina D durante os estágios iniciais de desenvolvimento. Os pesquisadores concluíram que 1.000 UI de vitamina D3 por dia foi mais eficaz em aumentar os níveis de vitamina D e apoiar o crescimento entre bebês prematuros com baixo peso, em comparação com 400 UI/dia, atual dose diária recomendada (RDA) nos Estados Unidos para crianças com idade inferior a um ano. Estes resultados oferecem evidências adicionais de que a RDA atual é insuficiente.
Traduzido por Essentia Pharma
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