Uma pele bronzeada, hidratada e com aspecto saudável é um desejo de muitas pessoas no verão, especialmente quando conseguimos esse resultado por meio de um bronzeamento natural. Isso, porque mais do que pegar uma corzinha, o sol pode ser um grande aliado para manter a saúde do organismo, no entanto, alguns cuidados são fundamentais.
Confira neste post como é feito o bronzeamento natural, quais cuidados são necessários e os principais nutrientes que atuam a favor da pele.
Como o próprio nome sugere, o bronzeamento natural é feito por meio da exposição espontânea ao sol entre 8h e 10h da manhã ou após às 16h, que são os horários de menor incidência dos raios UVB.
Ao contrário dos raios UVA, que incidem todos os dias independente do clima (e são considerados os mais prejudiciais a longo prazo), os raios UVB têm maior incidência e intensidade no verão. Por isso que é nessa época que o bronze fica mais acentuado e se faz necessário optar pela exposição apenas nos horários em que o sol está menos intenso para evitar queimaduras.
Ainda, apesar de ser considerado natural, é necessário ter muita atenção ao se expor ao sol com essa intenção. É preciso ter em mente que o uso do protetor solar é indispensável e deve ser reaplicado periodicamente. Além disso, é fundamental não exceder longos períodos de exposição, pois pode trazer prejuízos à saúde da pele.
O bronzeamento se dá a partir de uma reação de defesa natural da nossa pele. Quando estamos expostos ao sol, os melanócitos aumentam a produção da melanina, que é transferida para os queratinócitos da pele, resultando na alteração da coloração e caracterizando o bronzeamento.
Quando essa exposição acontece por um tempo reduzido e em horários de menor incidência dos raios UV, é possível obter alguns benefícios do sol para o organismo, sendo o principal deles a estimulação da produção de vitamina D, além de efeitos positivos para o humor e o sono de qualidade, por exemplo.
Um bronze natural e saudável não exige apenas cuidados externos, mas também de dentro para fora. Confira as principais dicas para uma exposição ao sol mais segura:
Alguns nutrientes possuem a capacidade de proteger a pele contra alguns dos efeitos da radiação ultravioleta e de outros agentes que aceleram o seu envelhecimento. Entre eles estão a vitamina A e os carotenoides, a vitamina C e a vitamina E.
A vitamina A desempenha um papel importante na renovação celular, na síntese de colágeno, no combate aos radicais livres e na microcirculação cutânea. A mais popular isoforma da vitamina A é o retinol, e seu uso tópico é conhecido por amenizar a flacidez e as linhas finas, proporcionando uma aparência mais firme e uniforme da pele.
Estudos pontuam que uma boa concentração de retinoides na epiderme pode promover efeito fotoprotetor, absorvendo parte dos raios UV e protegendo contra o estresse oxidativo. As evidências destacam, ainda, que os derivados da vitamina A podem ajudar a prevenir o eritema (manchas vermelhas) e a apoptose induzidos pela radiação UVB, além de proteger o tecido conjuntivo da pele da glicação e da elastose. Assim, esse nutriente pode ser considerado importante, inclusive, para evitar o envelhecimento precoce.
Devido à sua característica antioxidante, a exposição ao UV pode depletar a quantidade de vitamina A cutânea. Por isso, é importante garantir um bom aporte desta substância.
Alimentos de origem animal, como carne bovina e suína, fígado, ovos, derivados do leite e óleo de peixe são boas fontes desse micronutriente. Ainda, alguns vegetais possuem pró-vitamina A (carotenoides precursores da vitamina A no organismo), como os vegetais e frutas de cor laranja e vermelha, além dos verde escuros.
Os carotenoides são substâncias derivadas da vitamina A responsáveis por dar coloração laranja, vermelha e amarela aos alimentos onde estão presentes. Os mais conhecidos por suas ações a favor da saúde cutânea são o betacaroteno, o licopeno e a astaxantina. Entenda as funções de cada um deles na proteção da pele:
Ainda, os carotenoides parecem ter efeitos positivos quando utilizados também em conjunto. Um ensaio clínico randomizado, duplo-cego e controlado feito com adultos observou que a suplementação de um mix de carotenoides (betacaroteno, alfacaroteno, licopeno e zeaxantina) por 12 semanas protegeu a pele contra os danos da radiação UVA e reduziu os níveis de Dose Mínima de Pigmentação Persistente (DMPP) e de Dose Eritemal Mínima (DEM) em comparação ao grupo placebo.
Essencial para a formação do colágeno e elastina, a vitamina C está entre as queridinhas para os cuidados com a pele. Age no combate aos radicais livres e na redução de rugas e linhas finas, além de deixar a pele mais firme e uniforme.
Os estudos apontam que a vitamina C possui um papel significativo na proteção da pele contra os raios UV. No entanto, a sua ação pode ser potencializada quando utilizada em conjunto com outros antioxidantes. Uma pesquisa observou que a utilização combinada de vitamina C e vitamina E por 18 adultos durante 3 meses resultou em uma redução considerável da reação de queimadura solar e menor dano ao DNA celular induzidos pela radiação UVB.
Além disso, também é mencionado o seu potencial no combate a melasmas ou manchas escuras causadas pelo sol por inibir a melanogênese, processo de síntese de melanina e pigmentação da pele, e potencializar os efeitos do filtro solar.
Seus benefícios incluem o efeito antioxidante na proteção da pele, reduzindo o estresse oxidativo causado pelo sol, toxinas e efeitos do calor ou frio excessivo. Possui ainda ação umectante, anti-inflamatória e de reforço à barreira cutânea.
Em um estudo in vitro utilizando células de melanoma humano cultivadas e melanócitos humanos normais, foi identificado que o alfa-tocoferol (vitamina E) pode ajudar a inibir a atividade da tirosina hidroxilase, suprimindo a melanogênese. Assim, a vitamina E pode ser considerada um agente clareador, auxiliando na redução da hiperpigmentação cutânea relacionada à idade ou à exposição solar.
Como já mencionado, a vitamina C e a vitamina E juntas parecem atuar de forma sinérgica. Somado a isso, uma pesquisa verificou que essas duas vitaminas, juntamente com o licopeno, o betacaroteno e o ácido carnósico, protegeram células de fibroblastos humanos irradiados com UVA. Destacou-se, inclusive, que a vitamina E pareceu estabilizar os carotenoides e potencializou o efeito antioxidante do conjunto, levando à diminuição da expressão de MMP-1, que induz a degradação de colágeno.
Agora que você já conhece tudo sobre bronzeamento natural, saiba também que esses nutrientes podem ser feitos em formulações manipuladas. Converse com o profissional de saúde que te acompanha e conte com a Essentia Pharma para a manipulação.
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