Na vida da mulher, durante a transição menopausal (pré-menopausa até a perimenopausa) e menopausa ocorre uma significante flutuação hormonal, na qual níveis de estrogênio decrescentes afetam significativamente suas propriedades fisiológicas, consequentemente, contribuindo para uma série de condições médicas, incluindo a obesidade. A menopausa é frequentemente associada com o aumento da gordura visceral, aquela percebida ao redor da cintura e abdômen e que envolve os órgãos, tecidos e músculos locais. Muito além da preocupação estética, esta gordura causa hipertensão e agravamento do perfil lipídico, o que pode levar à síndrome metabólica e à incidência de doenças cardiovasculares.
Já foi constatado que o aumento de alimento proteico melhora a saciedade. Entre as proteínas dietéticas, o colágeno hidrolisado foi clinicamente apontado como um efetivo supressor do apetite, ajudando na perda de peso. Assim, cientistas do Taiwan testaram em animais a hipótese de que a suplementação com colágeno – já evidenciada como benéfica para a pele, juntas, ossos, equilíbrio hormonal, entre outros –, pode aliviar a obesidade induzida pela menopausa.
Vinte e quatro ratos foram divididos em 4 grupos para receberem: ovariectomia (OE) nos grupos 2 a 4, ou seja, a remoção de ambos os ovários, permanecendo o útero, para imitar a menopausa humana, e (grupo 1) falsa/placebo cirurgia. Grupos 1 e 2 receberam água esterilizada e grupos 3 e 4 receberam água esterilizada contendo 1.25mg/mL e 2.5mg/mL de colágeno hidrolisado, respectivamente. O peso corporal dos animais foi medido diariamente num horário específico.
Após 12 semanas, os grupos OE (2 a 4) ganharam peso (menopausa), em comparação com o grupo 1 (P<0.01), 365 ± 16g e 315 ± 7g, respectivamente. Mas a suplementação com colágeno hidrolisado inibiu o ganho de peso menopáusico e também reduziu a tendência de aumento do tamanho de adipócitos (células de gordura maiores especializadas em armazenar energia como gordura). Esta inibição do ganho de peso foi mais pronunciada no grupo 4, o qual recebeu dosagem mais elevada.
Mais adiante, o estudo constatou que a suplementação com colágeno hidrolisado afetou de forma insignificante os níveis de gordura dorsal, colesterol total e triacilglicerol séricos, bem como de glicose, cálcio e fósforo.
Os autores do estudo, publicado em International Journal of Medical Sciences, declararam não existir interesse concorrente quanto ao seu estudo, e concluem: “Nosso estudo fornece evidências de que a suplementação de colágeno pode atenuar o ganho de peso corporal e diminuir o tamanho do adipócito aumentado. Nossos resultados também indicam insignificante mudança nos níveis de lipídios sanguíneos, cálcio, fósforo e glicose. Assim, a suplementação de colágeno pode complementar um protocolo antiobesidade com efeitos secundários mínimos em mulheres na menopausa”.
Estudo:
Chiang TI, et al. Amelioration of estrogen deficiency-induced obesity by collagen Hydrolysate. Int J Med Sci, 2016. DOI:10.7150/ijms.16706
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