O repelente é um item essencial na proteção contra os mosquitos, principalmente no verão. Mais do que apenas uma picada incômoda, esses insetos podem ser vetores de doenças e, por isso, é fundamental garantir que eles se mantenham longe da nossa pele.
Mas, como escolher o melhor repelente? As opções disponíveis são muitas, com diferentes princípios ativos, texturas, tempo e forma de proteção. Aqui, falaremos principalmente dos repelentes de uso tópico.
Siga a leitura para entender as particularidades de cada repelente e conheça dicas importantes para escolher o mais adequado para você.
Os mosquitos são atraídos até nós pelo cheiro que exalamos, que pode ser natural da nossa pele, como, também, por conta de perfumes, cremes ou outros produtos com aroma que utilizamos.
Assim, os repelentes de insetos de uso tópico funcionam criando uma barreira de vapor que bloqueia os receptores sensoriais dos mosquitos, impedindo-os de sentirem o cheiro da pele humana e, consequentemente, evitando a picada.
Além das diferenças nas texturas de cada produto (loção, spray ou aerossol), os repelentes de uso tópico se diferem de acordo com o princípio ativo, ou seja, o ingrediente que é utilizado na composição para repelir o mosquito, ou outros insetos.
Existem princípios ativos sintéticos e naturais, e cada um deles possui características e recomendações distintas. Entenda:
DEET é o nome popular do N,N-diethyl-3-methylbenzamide que foi desenvolvido pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos e patenteado como repelente de mosquitos pelo Exército dos Estados Unidos em 1946.
É o princípio ativo mais utilizado e ajuda a repelir não somente os mosquitos, como também os carrapatos. Esse repelente é considerado seguro para adultos e crianças a partir de 2 anos. Em casos isolados, pode apresentar alguns efeitos colaterais na pele.
Seu tempo de eficácia varia entre 2 a 10h de proteção, dependendo da concentração do princípio ativo (10% ou 50%).
Também conhecido como EBAAP (Ethyl butylacetylaminopropionate), o IR3535 é um ativo sintético, desenvolvido na década de 1970.
É seguro para adultos e crianças a partir de 6 meses, já que não apresenta efeitos colaterais na pele. Seu tempo de eficácia pode durar de 4 a 8h.
A icaridina, ou picaridina, é um análogo da piperidina, que está presente na piperina, ingrediente químico ativo da pimenta. Incolor e quase inodoro, foi desenvolvido na década de 1980 por meio de modelagem molecular.
Seguro para adultos e crianças a partir de 6 meses, sendo bem tolerado pela pele. É considerado ideal para uma proteção prolongada já que pode ser eficaz por até 12h, dependendo da concentração (25%).
Normalmente são feitos a partir de essências de ervas, como a cidreira e a citronela, ou de frutas cítricas, como de eucalipto ou de hortelã. Apresentam certa volatilidade, exigindo a reaplicação mais frequente. Não são reconhecidos como repelentes pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
O tempo de proteção de cada repelente varia de acordo com a quantidade de princípio ativo utilizado no produto, por isso, é sempre importante estar atento ao rótulo. Ainda, é importante mencionar que todos os ativos sintéticos regulamentados pela Anvisa, como o DEET, o IR3535 e a Icaridina são reconhecidos por repelir o Aedes aegypti, famoso “mosquito da dengue”.
Já que as opções disponíveis são variadas, é comum que se tenha dúvida sobre como escolher o melhor repelente. Contudo, é importante destacar que cada situação ou preferência pessoal pode exigir um tipo específico de repelente.
Entretanto, algumas dicas na hora de escolher podem te ajudar a decidir com mais clareza e segurança:
A concentração do princípio ativo na composição do repelente é o que determina o tempo de proteção e eficácia do produto na pele. Por isso, a primeira dica é observar, na descrição do rótulo, por quantas horas o repelente fica agindo. Isso é importante para entender se existe ou não a necessidade de reaplicação do produto durante a atividade que você fizer.
Outra dica importante é estar atento a períodos de muita sudorese ou em contato com a água, pois são fatores que influenciam na eficácia e tempo de proteção do repelente, necessitando de reaplicação.
O uso de repelente em crianças e bebês precisa de uma atenção maior. Em geral, a recomendação é que bebês menores de 2 meses de idade utilizem apenas barreiras físicas contra insetos, como roupas que cubram a maior parte do corpo, mosquiteiros e redes em janelas e portas para impedir a passagem do mosquito.
A partir dos 2 meses, é possível encontrar opções que atendam os pequenos, com formulações específicas para a pele sensível dos bebês. Ainda, é fundamental sempre estar atento à recomendação descrita no rótulo e, até os 2 anos de idade, recorrer a orientação do pediatra que acompanha a criança.
Além de escolher o melhor repelente para bebês e crianças é importante, também, aplicar o produto com cautela. Por isso, o produto deve ser aplicado sempre por um adulto, primeiro colocando na própria mão e, posteriormente, na pele das crianças, tomando cuidado para não pegar na boca ou nos olhos.
De acordo com o Ministério da Saúde, o uso de repelentes tópicos aprovados pela ANVISA com os princípios ativos DEET, icaridin ou picaridin e IR3535 são considerados seguros para gestantes e lactantes.
Contudo, é essencial se atentar às indicações e contraindicações descritas no rótulo do produto para reafirmar a segurança do repelente em cada caso. Além disso, é recomendado, em caso de dúvidas, sempre procurar a orientação do médico ou profissional de saúde.
Você viu que existem opções de repelentes tópicos em creme, spray e aerossol, e deve ter se perguntado: qual o mais indicado?
Em geral, todos os tipos de repelente regulamentados pela Anvisa são eficazes. Sendo assim, o que muda é apenas a textura, para agradar diferentes públicos. Por isso, ao escolher o seu repelente opte pela opção que for mais confortável para a sua pele e atenda às suas necessidades.
Os repelentes de uso tópico comuns podem apresentar ingredientes, além do princípio ativo, que não são bem tolerados pela pele ou que contribuem para o aumento da carga tóxica.
Sendo assim, para quem apresenta algum tipo de sensibilidade ou prefere produtos com ingredientes limpos, é importante se atentar à composição para escolher o mais adequado para utilizar. Evite repelentes com fragrâncias e parabenos, por exemplo.
Uma vez que o efeito repelente depende da formação da “nuvem”, ou seja, uma barreira de vapor ao nosso redor, não é recomendado usar o repelente por baixo das roupas e sim na pele exposta (braços, colo, pernas e pés). Ainda, algumas dicas são essenciais para aplicar o produto de forma correta:
Para manter o efeito repelente, deve-se reaplicar o produto de acordo com o recomendado nos rótulos das embalagens.es mais frequentes podem ser necessárias.
Além das opções prontas disponíveis em mercados e farmácias, há também a alternativa de manipular o seu próprio repelente.
Essa opção traz a oportunidade de criar um produto adequado para a sua necessidade e segurança, na textura de sua preferência e livre de substâncias tóxicas ou que possam irritar a pele.
Se você tem interesse em usar um repelente personalizado, fale com o profissional de saúde de sua confiança e conte com a Essentia Pharma para manipular o seu pedido.
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