Os probióticos têm ganhado cada vez mais destaque por seus benefícios à saúde, especialmente na melhora da digestão e no fortalecimento do sistema imunológico. Mas você sabe realmente para o que eles servem e como podem ajudar o seu corpo?
Descubra os principais benefícios dos probióticos e como incluí-los na sua rotina.
Os probióticos são microrganismos vivos benéficos para a saúde humana. Quando estão em equilíbrio, ajudam a manter a microbiota intestinal saudável e, assim, colaboram para o bom funcionamento de todo o corpo.
Os probióticos melhoram diferentes sistemas, como o digestivo e o imunológico. Por isso, são reconhecidos por muitos especialistas como “bactérias do bem”.
O termo “probiótico”, derivado do grego e significando “a favor da vida”, foi introduzido pelos cientistas Lilly e Stillwell na década de 1960. Neste caso, torna-se o oposto de antibiótico (no qual “anti” significa “contra”), medicamentos utilizados para eliminar as bactérias que estão causando uma doença.
A descoberta inicial sobre o papel benéfico de certas bactérias é atribuída ao trabalho pioneiro de Metchnikoff no início de 1900, que propôs a possibilidade de usar essas bactérias para substituir microrganismos prejudiciais por benéficos.
Para entender essa relação, é importante saber que a microbiota intestinal, ou flora intestinal, é basicamente um complexo de espécies que fica localizado em nosso intestino e que aloja milhões de microrganismos.
Em situações de equilíbrio, essas espécies contribuem com a saúde. Mas, quando esse equilíbrio é perdido, esses microrganismos podem multiplicar-se além do considerado saudável para a microbiota, levando ao desequilíbrio intestinal, resultando em sintomas indesejáveis e até mesmo na digestão e na absorção de nutrientes prejudicadas.
Para reverter esse quadro, pode ser recomendado consumir probióticos para modular a microbiota intestinal, fortalecer as bactérias saudáveis e promover a digestão e absorção.
Os benefícios dos probióticos para o sistema gastrointestinal ocorrem por mecanismos como redução do pH intestinal, diminuição da colonização por organismos patogênicos, modificação da resposta imunológica e produção de substâncias benéficas como os ácidos graxos de cadeia curta (AGCC) – acetato, butirato e propionato, e alguns micronutrientes como as vitaminas K e B12.
Espécies como Lactobacillus, Bifidobacterium e Saccharomyces têm mostrado eficácia em condições como:
No entanto, os benefícios associados a uma espécie ou cepa de probiótico não se aplicam necessariamente a outras. Por isso, é importante sempre consultar um médico ou nutricionista para fazer um uso mais certeiro para cada caso.
Ainda, algumas dessas bactérias benéficas atuam na integridade do intestino, o que contribui para a prevenção e o tratamento do leaky gut (síndrome do intestino permeável). Nessa condição, a barreira intestinal não exerce a sua função adequada e permite a passagem de substâncias indevidas.
Assim, os probióticos ajudam a fortalecer as junções intercelulares intestinais, deixando a permeabilidade seletiva mais eficiente e, consequentemente, evitando a passagem de microrganismos prejudiciais e de outras toxinas para a corrente sanguínea.
O intestino impacta diretamente o sistema imunológico, visto que é nessa região que temos uma grande produção de anticorpos.
Esse órgão atua como uma barreira natural contra substâncias prejudiciais e os probióticos contribuem para essa proteção. Eles ajudam a reparar danos no epitélio intestinal, produzem substâncias antibacterianas e regulam a resposta imunológica, influenciando na produção de citocinas.
Com esse poder de modulação, os probióticos demonstram grande potencial terapêutico para tratar doenças ligadas à imunidade, como alergias, eczema e infecções virais, além de fortalecer a resposta do corpo a vacinas.
A literatura explora a ligação entre distúrbios psicológicos e o microbioma intestinal, além de avaliar a conexão entre o uso de probióticos e melhoras na saúde mental. Essa conexão se dá a partir do eixo intestino-cérebro, que indica a comunicação bidirecional entre esses dois órgãos.
Desse modo, estudos feitos com pessoas com depressão mostram que problemas no intestino afetam o sistema nervoso, podendo impactar na piora dos sintomas depressivos. Em situação de disbiose, as bactérias da microbiota podem atingir a corrente sanguínea e contribuir para a neuroinflamação e alteração nos neurotransmissores e na neurogênese.
Com isso, ativa o eixo de resposta ao estresse, liberando cortisol que, em excesso, aumenta o processo inflamatório. O papel dos probióticos nesse processo ajuda a equilibrar a microbiota, auxiliando na redução da inflamação e, consequentemente, no controle dos sintomas da depressão em adultos.
Os estudos destacam que melhorar a saúde do microbioma intestinal materno, com o uso de probióticos antes e durante a gravidez, pode contribuir para a prevenção de complicações relacionadas à gestação.
O consumo dessas bactérias benéficas, seja por meio da dieta ou da suplementação, pode exercer efeitos positivos, como:
Há indícios de que o desequilíbrio da microbiota está relacionado com a endometriose. Isso, porque a flora intestinal, além de estar associada a alterações no sistema imunológico, produz enzimas que podem influenciar na metabolização dos hormônios.
Ou seja, quando esse mecanismo não funciona de maneira adequada, pode prejudicar as respostas imunes e desregular os níveis de estrogênio na corrente sanguínea, o que favorece a progressão da doença.
Nesse cenário, o uso de alguns probióticos, como Lactobacillus acidophilus, parecem proporcionar benefícios terapêuticos para o controle da endometriose, ajudando a reduzir a inflamação, os sintomas de dor e as lesões causadas pelo quadro.
A homeostase da microbiota intestinal (ou seja, seu equilíbrio no organismo) também pode influenciar a saúde cutânea, indicando a existência de um eixo intestino-pele. Com isso, os probióticos têm sido estudados para o manejo de doenças cutâneas, reduzindo o estresse oxidativo, suprimindo respostas inflamatórias e mantendo efeitos imunológicos.
Os resultados de pesquisas já mostram a eficácia no tratamento de problemas como dermatite atópica, acne, psoríase e cicatrização de feridas.
Um estudo clínico avaliou o impacto de prebióticos e probióticos, além da dieta, no tratamento da obesidade. Em geral, todos os participantes da pesquisa demonstraram redução do peso corporal, do índice de massa corporal (IMC) e da circunferência abdominal.
Entretanto, aqueles que consumiram prebióticos ou probióticos em conjunto com a dieta tiveram resultados mais satisfatórios, como: perda de massa gorda, aumento da força muscular, redução da pressão arterial e melhora da glicemia.
Os resultados indicam que a combinação de prebióticos ou probióticos com medidas de estilo de vida é promissora para o manejo da obesidade e suas complicações metabólicas.
Os probióticos também podem ser uma estratégia promissora para a saúde do coração. As evidências destacam que a microbiota parece estar relacionada ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Isso, porque a desregulação dessa comunidade, denominada disbiose, é um dos fatores que contribui para quadros inflamatórios e que impacta a resposta imune.
A intervenção com o uso de probióticos, por sua vez, tem mostrado potencial para regular a microbiota e reduzir marcadores cardiovasculares, estabilizando os níveis de colesterol, equilibrando a pressão arterial e melhorando a inflamação, fatores que favorecem a saúde do coração.
A grafia engana, mas probióticos e prebióticos são diferentes, por mais que ambos estejam associados à microbiota intestinal.
Enquanto os probióticos são microrganismos vivos que beneficiam a saúde do hospedeiro, os prebióticos são nutrientes encontrados em alimentos ou suplementos que estimulam o crescimento das bactérias do bem (como os probióticos). Carboidratos não-digeríveis, ou fibras alimentares, são o exemplo mais comum de prebióticos na alimentação.
Essa é uma dúvida muito comum de pais que percebem algum problema digestivo em seus filhos, principalmente durante a primeira infância.
Diante disso, é importante saber que o probiótico pode ser recomendado, mas a necessidade, a fórmula e a posologia devem ser identificadas e indicadas por algum profissional da saúde capacitado.
Para ampliar a discussão, um estudo evidenciou que os probióticos melhoram o quadro de crianças com diarreia e de infecções respiratórias, por exemplo. Ainda, outra pesquisa identificou que os microrganismos aliviam a cólica infantil e a gastroenterite aguda.
Para reforçar o funcionamento do organismo com probióticos, o primeiro passo é consultar seu médico ou nutricionista. Isso, porque existem inúmeras cepas probióticas, e cada pessoa possui necessidades distintas, sendo necessária uma avaliação e recomendação individual.
Ao seguir a recomendação indicada pelo profissional, é possível incluir probióticos na rotina através de alimentos ou opções manipuladas.
É importante, também, sempre estar atento a lista de ingredientes ao escolher algum alimento. Certifique-se que seja um produto livre de açúcares ou ingredientes artificiais e evite opções ultraprocessadas.
Você também pode incorporar as “bactérias do bem” de forma personalizada no seu dia a dia por meio de suplementos probióticos manipulados. Esses produtos são formulados com cepas bacterianas específicas que proporcionam benefícios direcionados a cada caso.
Para garantir um tratamento adequado às suas necessidades, procure a orientação do médico de sua confiança e conte com a Essentia Pharma para tirar dúvidas e manipular o seu pedido.
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