Entre as mulheres pós-menopáusicas dos ensaios da Iniciativa de Saúde da Mulher, o uso de terapia hormonal por 5 a 7 anos não foi associado ao risco de morte por todas as causas, incluindo morte cardiovascular e câncer, ao longo de 18 anos de seguimento, de acordo com um estudo publicado por JAMA.
Os ensaios de terapia hormonal da Iniciativa de Saúde da Mulher (WHI)* foram projetados para avaliar os benefícios e riscos da terapia para a prevenção de doenças crônicas em mulheres predominantemente saudáveis na pós-menopausa. Muitos de seus resultados já foram relatados, mas as publicações anteriores geralmente não se concentraram na mortalidade por todas as causas e causas específicas. A mortalidade por todas as causas é uma medida sumária de importância crítica que representa o efeito em condições graves de saúde e com risco de vida.
JoAnn E. Manson, MD, Dr.PH, do Brigham and Women’s Hospital, da Faculdade de Medicina de Harvard, em Boston, e colegas examinaram a mortalidade total e por causa específica durante o acompanhamento cumulativo de 18 anos (intervenção mais fase pós-intervenção prolongada) de dois ensaios randomizados de terapia hormonal da WHI: estrogênios equinos conjugados (EEC, 0,625 mg/d), além de acetato de medroxiprogesterona (MPA, 2,5 mg/d) (n = 8,506) versus placebo (n = 8,102) por 5,6 anos (mediana); ou somente EEC (n = 5,310) versus placebo (n = 5 429) por 7,2 anos (mediana). A análise incluiu mulheres pós-menopáusicas entre 50 e 79 anos que foram matriculadas nos ensaios entre 1993 e 1998 e seguidas até 2014.
Entre as 27.347 mulheres que foram randomizadas, o seguimento da mortalidade estava disponível em mais de 98 por cento. Durante o seguimento acumulado de 18 anos, ocorreram 7.489 mortes (1.088 mortes durante a fase de intervenção e 6.401 mortes durante o seguimento pós-intervenção). A mortalidade por todas as causas foi de 27,1% no grupo de terapia hormonal versus 27,6% no grupo placebo na coorte global combinada. As análises indicaram que o EEC + MPA e EEC isolado não estavam associados com o aumento ou diminuição do risco de mortalidade total, ou por câncer e cardiovascular. Durante o acompanhamento cumulativo, as tendências em mortalidade por causa específica em diferentes faixas etárias não foram significativamente diferentes.
Várias limitações do estudo são observadas no artigo, incluindo que apenas uma dose, formulação e via de administração em cada ensaio foram avaliadas; assim, os resultados não são necessariamente generalizáveis para outras preparações hormonais.
“Tendo em vista o complexo equilíbrio de benefícios e riscos da terapia hormonal, o resultado da mortalidade por todas as causas fornece uma medida sumária importante, representando o efeito líquido do uso da terapia por 5 a 7 anos”, escreveram os autores.
*N.daT.: Mesmo revelando resultados positivos, é necessário lembrar que a recém publicada análise de longa duração foi baseada em estudos da WHI, iniciados em 1991 e, naqueles tempos, por exemplo, executados com um hormônio feito a partir da urina de éguas prenhas que contém estrogênios equinos não naturais para o corpo humano. Atualmente, já há opções da reposição hormonal através de hormônios não sintéticos. Para saber mais, leia o artigo “Reposição Hormonal Feminina – Novos achados confirmam seus benefícios”, publicado na 5a edição da revista Essentia Pharma (2014): http://en.calameo.com/read/004201423d4424892a666
Traduzido por Essentia Pharma
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