Gripes e resfriados são doenças que merecem atenção, e, por isso, é fundamental ressaltar que a vitamina D não é um remédio que combate doenças, mas uma fonte de nutriente que auxilia no fortalecimento da imunidade, dentre outras funcionalidades.
De acordo com um estudo global que relacionou o suplemento de vitamina D com casos de problemas respiratórios, o nutriente tem participação no sistema de defesa para atuar contra as doenças. Acompanhe!
Os resultados publicados no BMJ — British Medical Association — são baseados em uma análise de dados de cerca de 11.000 participantes de 25 ensaios clínicos realizados em 14 países, incluindo o Reino Unido, EUA, Japão, Índia, Afeganistão, Bélgica, Itália, Austrália e Canadá. Individualmente, estes ensaios produziram resultados contraditórios, com alguns relatando que a vitamina D ajuda na proteção do corpo contra infecções respiratórias e outros não mostrando nenhum efeito.
O principal pesquisador, o professor Adrian Martineau do QMUL (Queen Mary University of London), relatou: “este grande esforço colaborativo de pesquisa produziu a primeira evidência definitiva de que a vitamina D realmente ajuda na proteção contra as infecções respiratórias. Nossa análise de dados brutos combinados de cada um dos 10.933 indivíduos permitiu esclarecer a questão de a vitamina D funcionar em alguns ensaios, mas não em outros”.
“Basicamente, os efeitos que fazem o suplemento de vitamina D atuar na defesa do corpo são mais fortes naqueles que têm os níveis mais baixos da vitamina, e, quando a suplementação é dada diária ou semanalmente, é melhor que em doses mais amplamente espaçadas.
Além disso, alimentos fortificados com vitamina D fornecem uma ingestão estável, praticamente eliminando sua deficiência. Ao demonstrar este novo benefício, o nosso estudo reforça o caso da introdução de alimentos fortificados para melhorar os níveis de vitamina D em países como o Reino Unido, onde sua deficiência é comum”.
A “vitamina do sol” ainda atua auxiliando na proteção contra infecções respiratórias ao aumentar os níveis de peptídeos antimicrobianos – substâncias naturais semelhantes aos antibióticos – nos pulmões.
Quanto aos resultados do estudo, se encaixam com a observação de que os resfriados e a gripe são mais comuns no inverno e na primavera, quando os níveis de vitamina D estão em seu nível mais baixo. Eles também podem explicar por que ela auxilia a combater ataques de asma, comumente provocados por vírus respiratórios.
A suplementação diária ou semanal reduziu pela metade o risco de infecção respiratória aguda em pessoas com níveis mais baixos de vitamina D – abaixo de 25 nanomols por litro (nmol/L). No entanto, pessoas com níveis mais elevados também se beneficiaram, embora o efeito tenha sido mais modesto (redução de risco de 10%). Em geral, a redução do risco de infecção respiratória aguda induzida pela vitamina D foi semelhante ao efeito protetor da vacina contra a gripe para doenças semelhantes à gripe.
As infecções respiratórias agudas são uma das principais causas de morbidade e mortalidade no mundo. As infecções respiratórias superiores, como resfriados e gripe, são a razão mais comum para consultas médicas e dias de atestado ou folga. As infecções agudas das vias aéreas inferiores, como a pneumonia, são menos comuns, mas causaram cerca de 2,65 milhões de mortes em todo o mundo em 2013.
O estudo foi conduzido por um consórcio de 25 investigadores de 21 instituições em todo o mundo, mas é fundamental ressaltar que são evidências. O que se sabe é que o suplemento de vitamina D ajuda o sistema imunológico, mas, também, outros fatores são importantes para que a imunidade esteja fortalecida.
Quer saber mais sobre este tema? Siga a leitura com o post “Como aumentar a imunidade: dicas de alimentação e estilo de vida”.
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