Medicina preventiva: foco na promoção da saúde
A medicina preventiva vem numa crescente quando o assunto é o seu reconhecimento. O interesse em tratamentos antienvelhecimento e intervenções dirigidas à promoção da saúde, vitalidade e juventude ao longo da vida tem aumentado exponencialmente.
Assim, a especialidade médica ganha cada vez mais espaço na rotina de pacientes e no atendimento médico.
O que é medicina preventiva?
É a especialidade médica focada na prevenção de doenças. Nesse sentido, é capaz de promover qualidade de vida, mudança de hábitos e, ainda, colaborar para a redução de custos, tanto para pacientes como para sistemas de saúde.
A grande questão da medicina preventiva é identificar antecipadamente possíveis riscos e evitá-los. Para isso, a especialidade tem tipos de prevenção que conduzem o tratamento.
Tipos de prevenção
- Primária: prevenção primária refere-se à prevenção da doença e da deficiência, em primeiro lugar, através da monitorização e do “tratamento” de fatores de risco, muitas vezes com intervenções de nutrição, exercício e estilo de vida.
- Secundária: refere-se a atrasar a progressão da doença estabelecida, adiando a doença em todos os seus aspectos. Por exemplo, a prevenção de eventos cardíacos (como ataques cardíacos) em pacientes que já estão diagnosticados com doença cardíaca.
- Primordial: refere-se a prevenir o desenvolvimento de fatores de risco através de hábitos de vida saudáveis. Este tipo de prevenção evita a exposição aos fatores de risco, enquanto a prevenção primária monitora e trata os fatores. É especialmente aplicada em crianças e adolescentes.
Como a medicina preventiva atua?
A medicina preventiva inclui todos os aspectos da assistência médica destinada a prevenir o desenvolvimento de problemas de saúde antes do seu estabelecimento:
- Exames de saúde regulares, com exames de sangue para detectar fatores de risco numa fase inicial.
- Ênfase em diminuir limiares para diagnósticos comuns, como, por exemplo, pré-diabetes e pré-hipertensão, ou seja, elevações limítrofes de glicose no sangue e pressão arterial.
- Controle adequado dos fatores de risco, como a hipertensão arterial, o aumento da glicemia e triglicerídeos, baixo HDL (o colesterol “bom”), por exemplo, monitoramento, educação.
- Triagem para o desenvolvimento da doença (por exemplo, a aterosclerose por imagem, o câncer de mama por mamografia).
- Desenvolvimento e manutenção de hábitos saudáveis de estilo de vida através de educação em saúde: exercício diário, nutrição adequada, controle de peso, evitar fumar e abuso de drogas, a moderação de (ou abstinência de) consumo de álcool.
Comparativo: medicina preventiva x tradicional
A medicina preventiva, baseada no estilo de vida, difere da medicina tradicional. Veja alguns trechos de estudos americanos que apontam a diferença entre as duas linhas:
Medicina tradicional
Centra-se na doença existente. É um sistema de “cuidados de doentes” que não lida diretamente com as causas de doenças e deficiência subjacente, mas, em vez disso, é baseada na prevenção secundária.
Uma característica comum da medicina tradicional é assistência médica ao estilo de “linha de montagem”, destinada a tratar rapidamente sinais e sintomas da doença, em vez de descobrir e gerenciar as causas, operando basicamente na abordagem sintoma-alívio.
Medicina preventiva
Incide sobre a saúde dos indivíduos com o objetivo de promover e manter a saúde e o bem-estar e para prevenir a doença e deficiência. Lida diretamente com os fatores de risco que causam o desenvolvimento de doenças/deficiências.
A pedra fundamental em medicina preventiva é a prevenção primária para tentar uma mudança no padrão de saúde vigente.
Saúde dos Americanos x Prevenção
- 7 em cada 10 mortes entre os americanos, por ano, são causadas por doenças relacionadas com o estilo de vida.
- A doença cardiovascular (DCV) continua a ser a principal causa de morbidade e mortalidade nas sociedades modernas, seguida pelo câncer. Em 2009, as doenças cardiovasculares foram responsáveis por 32,3% de todas as mortes, ou 1 em cada 3 mortes nos Estados Unidos. O número total de operações e procedimentos cardiovasculares de internação aumentou 28% entre 2000 e 2010.
- Em 2005, 133 milhões de americanos tinham pelo menos uma doença crônica.
- 33% dos adultos norte-americanos (78 milhões) com mais de 20 anos de idade têm pressão arterial elevada. Entre estes, quase 20% não estão cientes de sua condição.
- A pressão arterial elevada é um dos principais e mais comuns entre os fatores de risco para desenvolver doença cardiovascular e mortalidade. O risco de mortalidade dobra a cada aumento de 20 mmHg na pressão arterial sistólica acima do limiar de 115mmHg, e a cada aumento de 10 mmHg acima do limiar de pressão arterial diastólica de 75mmHg.
- Em 2010, um número estimado de 19,7 milhões de americanos haviam sido diagnosticados com diabetes, o que representa 8,3% da população adulta. Um adicional de 8,2 milhões tinham diabetes não diagnosticada, e 38,2% tinham pré-diabetes, com glicemia de jejum elevada. A prevalência de diabetes está aumentando dramaticamente, em paralelo com o aumento da prevalência de sobrepeso e obesidade.
- A prevalência ajustada pela idade da síndrome metabólica, um conjunto de fatores de riscos cardiovasculares relacionados ao excesso de peso/obesidade e resistência à insulina é de aproximadamente 34% (35,1% entre os homens e 32,6% entre as mulheres).
- Os Estados Unidos gastam significativamente mais em cuidados depois que a doença já está estabelecida do que qualquer outra nação. Em 2006, as despesas médicas foram mais de US$ 7.000 por pessoa (mais do que o dobro da média de 29 outros países desenvolvidos).
- Ainda, os americanos têm uma das maiores taxas de crescimento nos gastos de cuidados de doentes, triplicando os gastos desde 1990. No entanto, a expectativa média de vida nos Estados Unidos está muito abaixo de muitas outras nações que gastam menos em cuidados de saúde a cada ano.
- Um percentual crescente de gastos relativos a cuidados de saúde nos EUA são direcionados para pessoas com condições crônicas. Em 2004, a assistência prestada a pessoas com condições crônicas foi responsável por 85% de toda a despesa dos cuidados de saúde.
- O custo direto e indireto total de doença vascular cerebral e acidente vascular cerebral nos Estados Unidos em 2009 foi de $ 312,6 bilhões. Em comparação, em 2008, o custo estimado de todos os cânceres e tumores benignos foi de $ 228 bilhões. A doença cardiovascular custa ao sistema de saúde dos EUA mais do que qualquer outro grupo de diagnóstico.
- No tratamento de pacientes com condições crônicas, 66% dos médicos acreditam que sua formação médica não os prepara adequadamente para fornecer orientação nutricional eficaz para seus pacientes.
Hábitos saudáveis e a prevenção
Muitos consideram a saúde e a doença como independentes do comportamento, portanto, independentes das práticas pouco saudáveis: acham assim que a saúde pode ser comprada em um vidro de remédio.
As recompensas de hábitos de vida saudáveis são muitas vezes intangíveis no curto prazo, e desde que as consequências de estilos de vida pouco saudáveis não se manifestem imediatamente, muitas vezes não há incentivo instantâneo para adotar hábitos que melhoram a saúde.
A educação em saúde, informação e o monitoramento são críticos. Estudos mostram que a triagem para fatores de risco resulta em um efeito positivo sobre os comportamentos. Provavelmente, porque dá uma medida objetiva para as pessoas usarem essa informação como um incentivo em seus esforços para melhorar o estado de saúde.
A análise de sangue é a forma mais básica e essencial de rastreio de saúde, e algo que todo mundo deve fazer regularmente, assim como contar com orientações médicas desde jovem e prestar atenção no próprio corpo.
Uma das técnicas aliadas à medicina preventiva é a fitoterapia, a qual estuda as funções terapêuticas das plantas e vegetais para prevenção e tratamento de doenças.
Conheça o conceito de fitoterapia e os principais ativos utilizados.
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