Em um artigo anterior, discutimos o perigo claro e presente relacionado ao uso do ácido acetilsalicílico (AAS), bem como várias alternativas clinicamente comprovadas que apresentam benefícios secundários significativos em oposição aos muitos efeitos colaterais conhecidos do AAS.
Desde que escrevemos o artigo, ainda mais evidências se acumularam, indicando que os riscos do AAS superam seus benefícios. Mais notavelmente, um estudo holandês de 15 anos publicado na revista Heart descobriu que em 27.939 mulheres profissionais de saúde saudáveis (idade média 54), randomizadas para receber 100 mg de AAS todos os dias ou placebo, o risco de hemorragia gastrointestinal ultrapassava o benefício da intervenção para câncer colorretal e prevenção de doenças cardiovasculares naquelas com menos de 65 anos.
Claro, o AAS não está sozinho no que diz respeito aos efeitos colaterais perigosos. Toda a categoria anti-inflamatória não esteroide (AINE) de medicamentos prescritos e de venda livre apresenta perigo. O ibuprofeno, por exemplo, é conhecido por matar milhares a cada ano, e acredita-se que não é menos perigoso do que o inibidor de COX-2, robecoxib, que causou de 88.000 a 140.000 casos de doença cardíaca grave nos cinco anos que ficou no mercado (1999 a 2004). O paracetamol é tão profundamente tóxico para o fígado que o escritor Dr. Michael Murray recentemente perguntou em artigo, “Não está na hora de o FDA remover o paracetamol do mercado?”
Mas então, o que podemos fazer?
Extrato de casca de pinheiro (Pycnogenol®)
Quando se trata de alternativas para o AAS, um contendor promissor é o Pycnogenol, um poderoso antioxidante extraído do pinheiro marítimo francês, apoiado por mais de 40 anos de pesquisa, o mais convincente do qual agregamos no GreenMedInfo.com. Surpreendentemente, é possível encontrar pesquisa indexada no site, mostrando que o extrato pode ter valor para mais de 80 condições de saúde.
Em 1999, um estudo notável publicado na revista Thrombotic Research descobriu que o Pycnogenol era superior (ou seja, efetivo em uma dosagem mais baixa) ao AAS na inibição da coagulação induzida pelo tabagismo, sem o aumento significativo (e potencialmente fatal) do tempo de sangramento associado ao uso do AAS. O resumo vale a pena ler na sua totalidade:
“Os efeitos de uma mistura de bioflavonoides, Pycnogenol, foram avaliados na função plaquetária em seres humanos. O tabagismo aumentou a frequência cardíaca e pressão arterial. Estes aumentos não foram influenciados pelo consumo oral de Pycnogenol ou AAS imediatamente antes de fumar. No entanto, o aumento da reatividade plaquetária que produziu agregação 2 horas após o tabagismo foi evitado por 500 mg de AAS ou 100 mg de Pycnogenol em 22 alemães fumantes ‘pesados’. Em um grupo de 16 fumantes americanos, a pressão arterial aumentou após o tabagismo e esta situação não foi alterada após a ingestão de 500 mg de AAS ou 125 mg de Pycnogenol. Em outro grupo de 19 fumantes americanos, o aumento da agregação plaquetária foi significativamente reduzido com 200mg de Pycnogenol ao invés de 150 mg ou 100 mg. Este estudo mostrou que uma única dose alta, 200 mg de Pycnogenol, mostrou-se efetiva por mais de 6 dias contra a agregação plaquetária induzida pelo tabagismo. O tabagismo aumentou a agregação plaquetária que foi evitada após a administração de 500 mg de AAS e 125 mg de Pycnogenol. O AAS significativamente (p <0,001) aumentou o tempo de sangramento de 167 a 236 segundos, enquanto o Pycnogenol não. Essas observações sugerem uma relação risco-benefício vantajosa para o Pycnogenol”.
Conforme relatado acima, ao contrário do AAS, o Pycnogenol não aumentou significativamente o tempo de sangramento. Isso tem implicações profundas, já que as potentes propriedades antiplaquetárias/”diluentes de sangue” do AAS também podem causar eventos hemorrágicos com risco de vida. Se este estudo é exato e o Pycnogenol é mais efetivo na diminuição da agregação plaquetária patológica em uma dose menor, sem causar o aumento da hemorragia associada ao AAS, então, ele é claramente uma alternativa natural superior.
Não é apenas uma alternativa de medicamento
O Pycnogenol, como tantas outras intervenções naturais, tem uma ampla gama de benefícios secundários que podem conferir vantagem significativa quando se trata de reduzir o risco de doença cardiovascular. Por exemplo:
Dada a evidência das propriedades cardioprotetoras pleotróficas do Pycnogenol, esperamos que ele se torne mais comumente recomendado pelos profissionais da saúde, já que o paradigma médico continua a evoluir após sua dependência de produtos químicos sintéticos, eventualmente (esperamos) retornando a intervenções mais naturais, cada vez mais baseadas em evidências científicas.
No entanto, é importante não cairmos como presas do modelo de uma doença/uma só pílula, que nos convencem de focar em pílulas pop – desta vez naturais – como simples contramedidas ou “seguros” contra os danos bem conhecidos associados à dieta americana padrão, à falta de exercício e ao estresse descontrolado.
O objetivo final é remover a necessidade de pílulas, concentrando-nos na prevenção de doenças cardiovasculares desde o início, de dentro para fora, como o consumo de alimentos de alta qualidade, água e ar puros, e uma atitude saudável que nutrem e sustentam sua saúde e bem-estar.
Referências no artigo original: www.thesleuthjournal.com/aspirin-alternative-doctor-never-told/
“As informações fornecidas neste site destinam-se ao conhecimento geral e não devem ser um substituto para o profissional médico ou tratamento de condições médicas específicas. Procure sempre o aconselhamento do seu médico ou outro prestador de cuidados de saúde qualificado com qualquer dúvida que possa ter a respeito de sua condição médica. As informações contidas aqui não se destinam a diagnosticar, tratar, curar ou prevenir qualquer doença. Nunca desconsidere o conselho médico ou demore na procura por causa de algo que tenha lido em nosso site e mídias sociais da Essentia.”
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